3 de setembro de 2018

Premier League - Antevisão de Época


Após a conclusão da 4ª Jornada da Premier League, já vai sendo possível ter uma ideia de quais equipas estão em melhor caminho para cumprir os seus objectivos. É certo que não deixa de ser demasiado cedo para tirar conclusões acertadas, especialmente considerando que o mercado de Janeiro pode mexer com alguns conjuntos, mas, ainda assim, resolvemos pegar na nossa bola de cristal e fazer uma preview da classificação final da competição.


Faremos uma análise desta mesma antevisão em Janeiro, explorando os pontos que falharam – os quais, esperamos nós, não serão muitos – e tentando antever o resto da temporada.



Luta pelo título





1º Lugar – Manchester City


Não há muito a dizer sobre o City. Os actuais campeões mantiveram o núcleo forte da equipa e contam com o génio de Guardiola. Não deverão andar muito longe daquilo que mostraram na época anterior.

2º Lugar – Liverpool


Embora estejamos a colocar o Liverpool em 2º lugar, reconhecemos que têm todas as capacidades de conseguir o título. Com reforços de qualidade, incluindo Alisson e Naby Keita, sendo que este último é um autêntico motor da equipa, Klopp tem agora à sua disposição um plantel pleno de qualidade e profundidade. Continuam fieis ao seu estilo ofensivo, mas aparentemente mais tranquilos e sólidos nas linhas mais recuadas, algo que falhou por diversas vezes na época transacta. 
Assim sendo, qualquer resultado que não uma séria candidatura ao título será, obviamente, considerado um fracasso total. 



Luta pelo acesso à Liga dos Campeões





3º Lugar – Tottenham Hotspur


O Tottenham parte com alguma vantagem face aos seus rivais mais directos, tendo mantido o plantel da época anterior, com as mesmas rotinas. No entanto, também a falta de consistência defensiva poderá ter feito a transição para esta época, pelo que reforçar esse mesmo sector em janeiro poderá ser decisivo para as aspirações dos Spurs
Arriscamos mesmo dizer que, caso o façam e mostrem o nível evidenciado durante a temporada passada, poderão terminar mais perto dos 2 primeiros do que propriamente das equipas que se encontram imediatamente atrás de si.

4º Lugar – Chelsea


O nosso conhecido Chelsea não deverá ter uma época memorável, mas também dificilmente será vítima de uma campanha terrível. Se é verdade que o seu plantel mostra alguma falta de profundidade, as contratações de Kovacic e Jorginho podem ser mais-valias para o estilo de jogo baseado em controlo através da posse de bola, imposto por Sarri. 
De resto, a adaptação deste treinador ao mundo da Premier League também será um factor que pode pesar na campanha dos Blues, sendo que caso essa adaptação corra pelo melhor, o Chelsea poderá tornar-se num dos conjuntos mais equilibrados desta edição. 

5º Lugar – Arsenal


Vira o disco e toca o mesmo? Treinador novo, é certo, mas pouco parece ter mudado no reino dos Gunners, pelo menos à superfície. Sem contratações que possam ser consideradas uma quebra com a era de Arséne Wenger e com o actual treinador, Unai Emery a parecer insistir num estilo de jogo demasiado ofensivo e com uma linha defensiva demasiado alta, o Arsenal poderá ter algumas dificuldades em fazer uma época melhor que as anteriores, o que torna a qualificação para a Liga dos Campeões, via tabela classificativa, algo complicado. Assim sendo, o seu foco competitivo talvez seja a Liga Europa.
Não deverão causar grandes problemas ao seus adversários mais directos, pelo menos nas partidas longe do Emirates Stadium.


Acesso à Liga Europa





6º Lugar – Manchester United


Dado aquilo que se sabe do momento actual da equipa de José Mourinho, também não seria totalmente descabido colocar o United no 7º lugar da tabela. Sem reforços para posições onde a qualidade não abunda, ou seja, as suas linhas mais recuadas, e com alguns jogadores, alegadamente, em rota de colisão com o treinador, esta não será uma época de boa memória para os adeptos dos Red Devils.
Embora este clube não avance para a demissão de um treinador como fazem alguns, arriscamos dizer que Mourinho poderá mesmo ser convidado a deixar o comando da equipa antes da janela de transferências de Janeiro.

7º Lugar – Everton


Marco Silva tem, à sua disposição, um plantel de qualidade e que mostra bom futebol. Jogando de forma ponderada e adaptável, este Everton não tardará a obter resultados positivos e consistentes. Ainda não chegará para competirem com os tubarões, mas, em condições normais, esta equipa dificilmente cairá na disputa dos lugares de meio de tabela. 
Arriscamos mesmo dizer que, caso a situação do Manchester United não seja resolvida, os Toffees podem mesmo acabar acima da equipa de José Mourinho.



Meio de Tabela – Parte 1


8º Lugar – Bournemouth


Os underdogs da Premier League (ainda que tal título se deva, essencialmente, à dimensão do clube), por cá continuam e sempre difíceis de defrontar. Com um plantel competitivo, um treinador que conhece bem a equipa e um terreno onde é difícil ver um adversário vencer, o Bournemouth deverá fazer mais uma época relativamente tranquila.

9º Lugar – Watford


Os comandados de Javi Gracia, um plantel que possui um misto de experiência e irreverência jovem, deverão terminar perto do 9º lugar da classificação geral. Acreditamos que, inicialmente, possam surpreender, mas deverão perder algum fulgor com o passar das jornadas, acabando por nivelar pelo meio da tabela. Um pouco à imagem do Burnley da época anterior.

10º Lugar – Fulham


Mesmo contando com um investimento milionário, parece-nos que o Fulham está a querer queimar etapas e crescer demasiado depressa – diga-se, desde já, que a actual direcção tem como objectivo principal levar o clube às competições europeias. Dada a qualidade do plantel, a manutenção é obrigatória, mas não é fácil imaginar que acabem acima da linha do 10º lugar, isto contando com uma boa época. Tal como o Leicester, deverão conseguir a maioria dos seus pontos em jogos caseiros. 

11º Lugar – Newcastle United


As contratações dos Magpies foram tudo menos surpreendentes, apesar dos apelos de Rafa Benítez. Embora não se considerem fracas, também não vêm dar ao plantel o salto de qualidade que este necessitava, pelo que a equipa não deverá ir muito além de uma luta pelos lugares de meio de tabela, podendo até chegar a cair para o grupo inferior. Aliás, arriscamos mesmo dizer que sem o factor Benítez esta equipa terminaria vários lugares abaixo daquilo que prevemos.



Meio de Tabela – Parte 2


12º Lugar – West Ham United


Com um início nada auspicioso, pode parecer uma loucura inserir os Hammers neste grupo. Dada a qualidade do plantel, no entanto, nós acreditamos que este conjunto tem argumentos suficientes para se intrometer em voos mais altos do que a luta pela manutenção, até porque somos da opinião de que o rendimento da equipa deverá subir assim que os novos reforços se adaptarem às exigências do futebol inglês. 
Dito isso, apontamos o treinador como um possível ponto negativo. Pellegini tem nome, mas o seu estilo deixa um pouco a desejar no que diz respeito a compatibilidade com esta liga, sendo, por vezes, demasiado defensivo e antiquado. O mesmo se poderia dizer de Sam Allardyce, mas este, ao contrário do chileno, já tem vários anos de experiência nesta competição.
Assim sendo, colocamos o West Ham num irrelevante 12º lugar.

13º Lugar – Leicester City


Colocámos os Foxes nesta posição, pois somos da opinião de que o Leicester conseguirá o grosso dos seus pontos em jogos realizados em casa, tendo dificuldades em partidas realizadas fora. Possuem qualidade, mas a situação acima referida deverá ter como consequência uma posição final pouco impressionante. Dito isto, caso acabem por conseguir alguns resultados positivos longe do seu reduto, têm boas hipóteses de saltar para o grupo superior. 

14º Lugar – Crystal Palace


Com um plantel interessante, poderíamos pensar em incluir o Palace no grupo superior. Tendo em conta que o seu treinador é Roy Hodgson, nem é totalmente impensável que consigam mesmo lá chegar, mas a sua aparente falta de consistência leva-nos a não ter grandes esperanças quanto a isso. O objectivo da manutenção deverá ser conseguido facilmente, mas talvez esperássemos um pouco mais deste conjunto.



Manutenção assegurada


15º Lugar – Wolverhampton Wanderers


Muitíssimo arriscado e completamente descabido na cabeça de muitos, admitimos. No entanto, cremos que a equipa dos Wolves não é tão boa como parece, padece de alguma falta de profundidade e uma boa dose dos seus jogadores não possui perfil físico adequado à exigência de uma Premier League. Dito isto, o estilo mais cauteloso de Nuno Espírito Santo poderá dar alguma margem de manobra a este conjunto, sendo que até imaginamos vê-los num lugar confortável durante os primeiros meses. No entanto, sem reforços no mercado de inverno, a performance da equipa poderá ficar comprometida e cair consideravelmente.
Poderá ser uma equipa a ver grandes mudanças classificativas numa futura reapreciação deste nosso ranking. 

16º Lugar – Burnley


Porque colocamos o Burnley, protagonistas de uma excelente época na edição anterior, tão abaixo? Dois factores. Primeiro, consideramos que terminaram alguns lugares acima do real valor da equipa, e segundo, o famoso Síndrome de Competições Europeias. 
Não é inédito, muito pelo contrário, ver uma equipa inglesa qualificar-se para as competições europeias (excepção feita aos ditos clubes grandes) e, como consequência – directa ou não – fazer uma temporada lastimável, muito abaixo daquilo que fez na época transacta. Há que notar que os reforços adquiridos pelo Burnley também não adicionaram grande qualidade ao plantel, apenas alguma profundidade.
Sean Dyche deverá ser o homem certo para liderar esta equipa e evitar maiores dissabores numa época que pode ser complicada.

17º Lugar – Brighton & Hove Albion


Um plantel pouco impressionante mas que aparenta ter alguma profundidade, algo que poderá ser vital para as aspirações deste conjunto. Acreditamos que esse factor poderá salvar o Brighton da descida, embora estejamos a antecipar uma época dura para os homens de Chris Hughton.


Descida






18º Lugar – Southampton


O seu plantel seria, em teoria, suficiente para evitar a descida, mas assim já o era na época anterior. Se na última edição o conseguiram, ainda que quase por uma unha negra, imaginamos que este ano a coisa não seja assim tão fácil.
Há que notar, no entanto, que se forem operadas mudanças significativas na forma como o plantel é gerido, este pode libertar toda a sua qualidade e fazer com que os Saints se afastem destes indesejáveis lugares, mas como diriam os ingleses, that’s a big “if”.

19º Lugar – Huddersfield


Embora possuam bom ambiente caseiro, isso não deverá ser suficiente para manter o Huddersfield entre a elite do futebol inglês. A falta de qualidade do plantel deverá condenar esta equipa à descida de divisão, ou, pelo menos, a uma mui complicada luta pela permanência.

20º Lugar – Cardiff City


Esta equipa mostra pouca qualidade e uma gestão que é tudo menos fantástica. Sem reforços dignos de registo e com um futebol que não é propriamente incrível, os comandados de Neil Warnock deverão voltar directamente para o Championship.

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