12 de junho de 2018

FIFA World Cup 2018 - O que esperar!

Nesta 3ª e última parte, vamos deixar 5 acontecimentos must watch e que, na nossa opinião, serão parte integrante do desenrolar do Campeonato do Mundo. Além disso, vamos também lançar algumas bold predictions, com o "juízo" de 3 dos nossos colaboradores, de forma a que os nossos leitores se possam identificar com uma ou mais visões.







A vergonha de um povo cheio de esperança



O apoio da massa adepta, de uma nação inteira, dentro e fora do campo, é uma clara vantagem para quem joga em casa. Todavia, o caso da Rússia parece ser bastante diferente. Em decadência desde 2008, altura em que protagonizaram uma excelente campanha no Euro da Áustria/Suiça, a Seleção Russa continua a somar deceção atrás de deceção. Depois do Mundial de 2010, para o qual nem sequer se qualificou, as participações no Mundial de 2014 e nos Europeus de 2012 e 2016 foram para esquecer. A Taça das Confederações (2017) realizou-se também ela na Rússia mas, mais uma vez, o país de leste falhou em mostrar qualquer tipo de brilhantismo.

Fracas escolhas para treinadores, pouco desenvolvimento futebolístico e políticas de transferências bastante rígidas foram os principais fatores que levaram o universo russo a estagnar, ou mesmo a regredir face ao passado. Hoje em dia, apresentam um futebol sem ideias, sem qualquer tipo de química e/ou ligação e carentes de consistência defensiva. A receita parece preparada para o insucesso e apesar de um sorteio honestamente favorável, se o nível exibicional da equipa não subir de patamar, a qualificação para a próxima fase poderá mesmo estar em risco. 

O Egito parece-nos, neste momento, um conjunto capaz e motivado o suficiente para aspirar mais do que a fase de grupos e, caso não surja algum tipo influência/pressão para que as ambições caseiras sejam garantidas por outras vias, podemos ter aqui a 1ª surpresa da competição. A partida entre ambos será um ótimo teste ao espírito de "sobrevivência" de cada uma das seleções.

Bye Bye Martinez



Depois da aventura no futebol inglês e das experiências no Swansea, Wigan e Everton, Roberto Martinez foi chamado para liderar aquela que é considerada a melhor fornada belga de todos os tempos. Hazard, Lukaku, De Bruyne, Vertonghen e Courtois são apenas alguns dos nomes que "encabeçam" uma Seleção repleta de escolhas de qualidade em todos os setores. O desafio, ao que tudo indica, passará por "moldar" a mentalidade da equipa, de forma a que esta possa transmitir em campo aquilo que se espera dela e aquilo que é o seu potencial enorme.

No Euro 2016, a Bélgica acabou por ser batida de forma surpreendente pelo País de Gales, um adversário teoricamente menos capacitado, e essa terá sido a razão pela qual os dirigentes decidiram que havia necessidade de mudança. Com tamanha qualidade no seu plantel, os belgas não podem continuar a ser vistos como under dogs mas sim como favoritos de 1ª linha, caso contrário, esta geração terá sido completamente desperdiçada. Apesar de uma fase de qualificação quase perfeita, com 9 vitórias em 10 jogos, e um diferença de +37 golos, Roberto Martinez ainda não nos convenceu.

A equipa continua a jogar um futebol demasiado passivo, pouco pressionante e muito dependente dos movimentos de rotura de Eden Hazard. Ora, se o objetivo passa mesmo por apresentar uma candidatura ao troféu, será necessário outro tipo de armas e uma atitude muito mais atrevida. Talvez sejamos surpreendidos por uma Bélgica transfigurada na Rússia mas, do que vimos até agora, não nos parecem preparados para a ocasião e diríamos que voltarão a procurar nova alternativa após o Mundial.


"Mata mata" de 1ª ronda

O sorteio da fase de grupos, como sempre, ditou sortes diferentes para cada um dos participantes. Os jogos entre seleções de topo são obviamente os grandes "cabeças de cartaz" mas, na nossa ótima, há 2 confrontos menos mediáticos que poderão ter especial interesse.

Argentina x Islândia - A "Alviceleste" não atravessa, de todo, uma boa fase da sua história. O apuramento para o Mundial chegou mesmo a estar em risco e só foi conseguido em última instância. As escolhas dos atletas tão pouco geram consenso e aquela que foi finalista em 2014, agora parece-nos uma equipa bastante frágil e um alvo "apetecível" para os seus adversários. O futebol dos argentinos é muito pobre para aquilo que estávamos habituados e quem pode aproveitar é a Islândia, um conjunto que deu nas vistas no Europeu de 2016 e que já mostrou ser uma autêntica dor de cabeça pelo seu estilo aguerrido e excelente organização defensiva.

México x Suécia - No que toca a partidas entre "não candidatos" e que podem valer a qualificação para a próxima fase, esta é talvez a mais equilibrada. São duas equipas bem organizadas, competentes e que têm nos seus plantéis algumas figuras que podem assumir um grande protagonismo. Se os norte americanos podem contar com a veia goleadora de "Chicharito" Hernandez, os suecos jogarão ao ritmo de Emil Forsberg. Um embate muito imprevisível e cheio de oportunidades de golo, é aquilo que se espera. Os restantes membros do grupo são a Alemanha e a Coreia do Sul, portanto qualquer resultado positivo frente aos germânicos poderá ser também ele decisivo.

Um passeio de deixar os "olhos em bico"



Japão, Coreia do Sul e Austrália já são presença assídua nas fases finais dos Campeonatos do Mundo. No continente asiático, a competição é muito reduzida e há um enorme fosso de qualidade entre as seleções supracitadas e as restantes, o que facilita bastante o seu apuramento. Se à 1ª vista parece uma vantagem, as consequências acabam por ser algo decepcionantes. A ausência de adversários à altura e o objetivo básico de qualificação resultam em baixos índices de esforço e de ritmo, fatores que explicam a falta de competitividade para com países da Europa, Sul da América ou mesmo de África, onde já há se verifica maior equilíbrio.

A qualidade individual dos atletas em si até consegue rivalizar com outras seleções do Mundial, mas o grande défice começa no trabalho desenvolvido e acaba nos próprios treinadores. A diferença de ritmo de jogo - como já referimos, a dificuldade de adaptação e o facto de não estarem talhadas para "combate", tornam estas equipas soft e em "presas" fáceis para os adversários. As próprias filosofias asiáticas e, à exceção do Irão, a falta de trabalho e desenvolvimento de uma estrutura durante anos, não possibilitam uma real preparação para uma competição como esta. A maior prova disso mesmo está nos treinadores recém chegados e que assumiram o projeto somente este ano.

Ainda que o Japão e a Austrália pareçam ter chances acrescidas, a nossa expetativa é que nenhuma Seleção asiática irá marcar presença nos oitavos de final. Há ainda muito para evoluir e, para que esse progresso seja feito de forma sustentada, é necessário criar bases e uma mentalidade diferente e crescida desde a própria raiz. Não se avizinham anos muito "dourados" do outro lado do mundo.


Mundial e um "trampolim", quem salta?

Mais do que um simples torneio, o Campeonato do Mundo é o palco para onde estarão viradas todas as atenções, e quem mais poderá ganhar com isso são os próprios jogadores. Dentro das mais variadas hipóteses, escolhemos 3 atletas que entendemos serem aqueles que irão muito provavelmente "dar o salto" na sua carreira.

Pione Sisto - O jogador dinamarquês foi contratado este ano pelo Celta de Vigo ao Midtjylland por apenas 6M €. Extremo explosivo, velocista, com qualidade de drible e boa capacidade de trabalho coletivo, rapidamente se tornou numa das figuras principais da equipa. Em 34 jogos, anotou 4 golos e 10 assistências. Além disso, agarrou e cimentou a titularidade na Seleção dinamarquesa onde hoje é visto como um go to guy. O grande protagonista, claro, é Christian Eriksen mas a sua habilidade para desequilibrar, criar e desbloquear espaços não passa despercebida.

Hakim Ziyech - O médio criativo do Ajax foi um dos principais pilares da equipa que atingiu a Final da Liga Europa em 2017. Depois de muito "assédio", o jogador acabou surpreendentemente por ficar mais um ano em Amesterdão onde realizou, mais uma vez, uma fantástica temporada - 9 golos e 17 assistências foram os números. Um autêntico show man, capaz de levantar o estádio com a sua qualidade técnica, criatividade, remate e precisão nas bolas paradas. É a grande figura da Seleção marroquina e, apesar de não ter tido um sorteio favorável, tem a porta de saída escancarada para "voos" mais altos.

João Mário - O versátil médio português já é bem conhecido do nosso campeonato e a sua qualidade é inquestionável. Excelente criativo, acompanhado de um elevado QI, visão de jogo, qualidade de passe e bons atributos físicos, está no pico da idade e na altura de pisar os melhores palcos europeus. Desperdiçou um ano da sua carreira aquando da decisão de ingressar no Inter de Milão, uma vez que Spaletti não foi "à bola" com o jogador e não o incluiu nas primeiras opções. Em 14 jogos (apenas 5 como titular) concretizou 5 assistências para golo. A passagem pelo West Ham foi algo complicada devido à situação do próprio clube mas, ainda assim, não deixou de mostrar o seu talento. João Mário já revelou a sua decisão de não regressar a Itália e o Mundial poderá ser a montra ideal para a definição do seu futuro.



BOLD PREDICTIONS - PREVISÕES

Nesta secção iremos "brincar" um pouco ás previsões do que irá acontecer neste mundial e vamos dar a nossa opinião de quem serão os vencedores dos prémios atribuídos pela FIFA no fim do Torneio. De notar que 3 dessas previsões (Melhor ataque da prova, Melhor defesa da prova e Melhor Veterano) não são prémios oficiais, mas criámo-los para também vos ajudar na análise para apostas.






































































































































































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