30 de novembro de 2018

MLS - Finais de Conferencia (2ª mão) - Resumo

New York Red Bulls 1-0 Atlanta United

Fonte: Twitter @ATLUTD


Era preciso acreditar, era preciso ter um plano, era preciso marcar. Se Chris Armas acreditava, não sabemos - o que sabemos é que, se tinha um plano, então não deveria ter sido este.

Numa primeira parte bastante morna, os Red Bulls pareceram sempre nervosos e inseguros, sem causar grandes calafrios a Brad Guzan. O mesmo não se pode dizer de Atlanta, que apesar de um jogo mais cauteloso, conseguiu obrigar Robles a aplicar-se por algumas vezes ainda durante o primeiro tempo, sendo que a primeira foi logo aos 15 segundos de jogo. Os primeiros 45 minutos terminariam com um 0-0, perfeitamente justificado tanto pela incapacidade dos Red Bulls para fazerem melhor como pelo aparente conforto de Atlanta com a sua situação.

A segunda parte não se mostrou muito melhor. Tata Martino, possivelmente confiante após observar a primeira parte, optou por não alterar o estilo de jogo da equipa. Chris Armas faria alterações e daria um perfil mais atacante aos seus Red Bulls, mas sem grandes resultados práticos. Os homens da casa acabariam por mostrar-se um pouco mais atacantes e dar menos espaço ao adversário, mas continuavam com dificuldades em criar lances de grande perigo, ficando-se pelas bolas paradas.

Foi precisamente na sequência de um pontapé de canto, aos 79 minutos, que Long aproveitaria um (de muitos) erro de Guzan para fazer o 1-0, que seria prontamente anulado pelo VAR. Se da primeira vez não foi, à segunda contou, e na sequência de outro pontapé de canto, já em tempo de compensação, Tim Parker acabaria por marcar o golo da vitória dos Red Bulls. Too little, too late, como diriam alguns americanos, o tento era claramente insuficiente para os homens da casa, que foram frustrados por uma excelente performance defensiva por parte do seu adversário.

Atlanta vence a conferência este e prepara-se para receber os surpreendentes Portland Timbers já no próximo dia 9 de Dezembro, na sua própria casa.

Análise de Prognóstico: Parcialmente correcto: Acreditávamos que os Red Bulls venceriam a partida e que Atlanta conseguiria a qualificação para a final, o que aconteceu. Esperávamos, no entanto, uma partida com mais alguns golos.



Sporting Kansas City 2-3 Portland Timbers

Fonte: Twitter @MLS

Antecipávamos um encontro com golos e entretenimento, e assim foi. O que não imaginávamos era que os Timbers voltassem a fazer das suas num encontro fora de casa. Não que os descartássemos por completo, mas a verdade é que não eram os favoritos.

A primeira parte decorreu de acordo com aquilo que se esperava, com Kansas City a dominar os acontecimentos de forma relativamente tranquila, não sendo de estranhar que tenham chegado ao golo durante esse período. Deve dizer-se, aliás, que a equipa da casa poderia ter vencido a eliminatória ainda na primeira parte, tal era a facilidade com que incomodavam os sectores mais recuados dos Timbers. Não foi à toa que conseguiram marcar por 3 vezes, tendo os forasteiros a sorte de 2 desses golos acabarem anulados. Com 1 golo (Sallói, 20') e mais dois sustos, os Timbers recolhiam aos balneários com muito para fazer, ao contrário dos anfitriões.

O segundo tempo, no entanto, acabou por não ser nada como o primeiro. Kansas City não conseguiu replicar o domínio exercido na primeira parte e acabaria por sofrer da pior forma, quando Blanco rematou de fora da área para marcar aquele que será, certamente, um dos golos da época. 52 minutos decorridos e, de repente, os Timbers estavam na final.

Se era de esperar uma reacção imediata de Kansas City, essa não aconteceu, e isso revelou-se fatal. Apenas 9 minutos depois, o inevitável Diego Valeri colocava os Timbers a vencer por 1-2, transformando a noite num verdadeiro pesadelo para os adeptos da equipa da casa.

Vermes, forçado a mexer na equipa, fez entrar Gerso Fernandes, e que efeito isso teve! Como se lhes tivesse sido administrada uma injecção de adrenalina, os jogadores de Kansas City voltaram ao ataque, forçando os Timbers a recuar. Embora o adversário não se mostrasse totalmente desconfortável, acabaria por conceder um golo, marcado precisamente por Gerso Fernandes (81'). Com 9 minutos até ao início do período de compensação (que se adivinhava longo devido a uma paragem forçada da partida), o encontro estava relançado e Kansas City estava no ataque. Restava aos Timbers aguentar e saber sofrer.

E os Timbers aguentaram. E os Timbers souberam sofrer. E também souberam espetar a mais dolorosa facada nas ambições de Kansas City, quando Valeri, num contra-ataque mortífero tão característico da equipa de Savarese que aproveitava o facto de quase toda a equipa de Kansas estar adiantada no terreno, fez o 2-3 aos 90+9', efectivamente acabando com as já mui diminutas esperanças dos homens de Peter Vermes.

Um resultado épico para uma segunda parte épica. Longos anos depois, os Timbers lograram não só marcar golos como também vencer Kansas City, e logo num encontro desta importância. Com esta vitória, os homens de Savarese preparam-se para a deslocação de mais de 4000km até Atlanta, onde irão lutar contra mais uma equipa favorita na sua busca pelo troféu da MLS Cup.

Análise de prognóstico: Parcialmente errado. Como previmos, o encontro foi intenso e produziu bastantes golos, mas os Timbers não tinham sido a nossa escolha para a passagem à próxima e derradeira fase da competição.

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