6 de agosto de 2018

MLS - 23ª Jornada - Resumo

Atlanta United 2-2 Toronto FC



Quem não marca, sofre! Quem nunca ouviu ou usou esta expressão? Talvez Atlanta, dizemos nós. Marcaram, é certíssimo, mas desperdiçaram inúmeras ocasiões para fazer deste empate uma goleada perante uma equipa de Toronto que mostrou poucos argumentos.

A formação da casa entrou bem no jogo, dominando o que havia para dominar durante toda a primeira parte, mas sem conseguir marcar um golo. Toronto, assim que teve a oportunidade de espetar a faca nas costas do seu adversário, não perdoou e foi mesmo para o intervalo a vencer por 0-1, cortesia de Giovinco.

O segundo tempo trouxe mais do mesmo, com os anfitriões a dominarem totalmente os acontecimentos. A falta de pontaria continuava presente, mas como se costuma dizer, água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, e Atlanta acabou mesmo por marcar, cortesia do suspeito do costume, Josef Martínez (53). Ele que haveria de marcar o segundo golo da sua equipa, aos 67 minutos, na conversão de uma grande penalidade bastante contestada pela equipa forasteira mas validada pelo VAR.
Não muito depois, Tata Martino tomou a decisão de retirar Martínez, o que talvez tenha sido um erro, pois a equipa de Atlanta não voltou a marcar. Quem o fez, no entanto, foi Toronto, que chegou ao empate através de Tosaint Ricketts, já em período de compensação, garantindo um ponto de ouro para a sua equipa.

É certo que Bono, guarda-redes de Toronto, merece aplausos pela exibição que protagonizou, mas os jogadores de Atlanta apenas se podem culpar a si próprios por não saírem desta partida com os 3 pontos. 

Minnesota United 1-2 Seattle Sounders 



Tudo corre bem...até que acaba mal. Foi precisamente isso que aconteceu à equipa de Minnesota nesta partida frente aos Seattle Sounders.
Como seria de esperar, a equipa visitante entrou mais forte no encontro, nada a que o conjunto de Minnesota não esteja acostumado. Tanto é que, naquilo que vem sendo a sua imagem de marca, Minnesota acaba por chegar à vantagem um pouco contra a corrente de jogo. Aos 20 minutos, Quintero decide dar uns passos de dança na área de Seattle e coloca a bola fora do alcance de Frei, fazendo o 1-0 para a sua equipa.

A partir daqui, e até aos 45 minutos, a partida equilibrou-se um pouco. Seattle parecia ter acusado o golo e Minnesota aproveitava para crescer, mas sem consequência, tendo a partida chegado ao período de descanso sem mais alterações no resultado.
A segunda parte trouxe uns Sounders atacantes e dominadores, contra uma equipa de Minnesota que se via confinada ao seu meio campo. De forma um pouco surpreendente, a defesa da equipa da casa mostrou-se imperial, frustrando a maioria das tentativas de ataque do adversário. Ruidiaz conseguiria, eventualmente, marcar um golo, mas este seria anulado por fora-de-jogo.

O final da partida aproximava-se e parecia que os Sounders estavam condenados a sair derrotados, pelo menos até o árbitro, com ajuda do VAR, ajuizar que Ibarra dominou a bola com a mão dentro da grande área e assinalar grande penalidade a favor dos Sounders. Lodeiro não desperdiçou e empatou a partida aos 90 minutos, trazendo alegria aos adeptos da formação visitante.
Só que a coisa não ficou por aí. Aos 97 minutos, já 1 minuto após os 6 inicialmente concedidos, Bruin aproveitou da melhor forma um belo pormenor de Ruidíaz e assegurou os 3 pontos para a sua equipa.

Uma forma um pouco cruel de perder uma partida, é certo, mas Seattle fez por merecer a vitória. Minnesota errou em decidir jogar para o empate demasiado cedo, especialmente no seu próprio terreno.

Portland Timbers 3-0 Philadelphia Union



Uma vitória previsível, mas que esteve longe se ser fácil.
Os Timbers, fruto de algumas ausências, têm variado um pouco na sua abordagem aos jogos, e isso tem-se notado em algumas exibições. Este encontro não foi excepção, e vimos uma equipa de Portland bastante contida e presa durante o primeiro tempo, um pouco longe da grande equipa que já pudemos observar. Algo um pouco surpreendente, especialmente tendo em conta que Philadelphia jogou com uma equipa de segunda linha, certamente a pensar no seu encontro de quinta-feira a contar para a Open Cup.

Apesar de termos assistido a uma equipa dos Union que fez mais por conseguir um resultado durante o primeiro tempo, tendo mesmo forçado Atinella a fazer algumas defesas mais apertadas, o encontro chegaria ao intervalo com um nulo no marcador.
No segundo tempo, Portland nivelou um pouco mais o terreno, causando mais dificuldades ao seu adversário, mas sem fazer uma exibição que se pudesse considerar deslumbrante. Apesar disso, os Timbers chegariam mesmo à vantagem. Valeri, aos 58 minutos, converteu com sucesso uma grande penalidade a castigar uma falta sobre Powell, e pôs Portland em vantagem.

Não se pense, no entanto que tudo melhorou para Portland a partir deste momento. Na realidade, o encontro manteve-se mais ou menos igual, com os Union a ter mesmo superioridade na posse de bola. Mas como o que interessa é o que se faz com a bola e não apenas tê-la, foram os Timbers a marcar outra vez. Aos 84 minutos, foi a vez de Asprilla converter um penalty que castigava uma falta sobre Diego Valeri. Como se isso não bastasse, apenas três minutos depois Guzmán cabeceava para o 3-0 e fazia o resultado final.

Portland consegue assim chegar aos seus 15 jogos sem perder, igualando o seu próprio recorde, mas é imperativo dizer que o resultado foi melhor que a exibição, pois a equipa de Philadelphia fez o suficiente para se dizer que talvez não merecessem sair derrotados por uma margem tão dilatada.

New York Red Bulls 2-1 Los Angeles FC



Uma boa partida entre duas boas equipas, um tanto equilibrada e com oportunidades de ponta a ponta!

Ansiosas por corrigir erros, ambos os conjuntos entraram em campo com vontade de mostrar serviço, o que esteve bem patente nas várias movimentações atacantes que se viram nos primeiros 20 minutos de jogo. Os visitantes mostravam-se um pouco mais agressivos, mas não se pode ignorar que os Red Bulls, desta feita, entraram no jogo bem menos adormecido do que nos seus encontros anteriores, e assim conseguiram aguentar as ofensivas da equipa forasteira, causando também a sua dose de problemas na outra ponta do terreno de jogo. 

Com o encontro dividido, seriam os da casa a chegar à vantagem, aos 39 minutos, quando Daniel Royer aproveitou da melhor forma - ainda que com alguma sorte à mistura - uma má abordagem de Tyler Miller a um remate de Murillo e colocou os Red Bulls na frente do marcador, resultado que não se alteraria antes do final do primeiro tempo.
Na segunda parte, a história do jogo não sofreu grandes alterações, com os dois conjuntos a mostrarem-se equilibrados. Desta feita, no entanto, seriam os forasteiros a chegar ao golo. Aos 53 minutos, Rossi aproveitou da melhor forma um excelente passe de Carlos Vela e rematou sem dar grandes hipóteses a Robles. Estava feita a igualdade, resultado que até assentava bem ao que o jogo tinha sido até então. 

Caso o encontro tivesse continuado da mesma forma, talvez estivéssemos a olhar para um empate como resultado final. Mas assim não foi, pois a equipa de Los Angeles cometeu o erro de deixar adormecer o ritmo de jogo a partir dos 70 minutos, e isso é algo que não se pode fazer numa segunda parte em casa dos Red Bulls. Tanto que não se pode fazer que, aos 80 minutos, Wright-Philips aproveitou um fenomenal passe longo de Rzatkowski e, sem qualquer ponta de egoísmo, tirou Miller da jogada ao oferecer o golo a Royer, que aparecia à sua esquerda, para que este bisasse na partida. Estava feito o 2-1, resultado que perduraria até ao final da partida. Los Angeles ainda tentou reagir, mas os Red Bulls mostraram-se à altura, mantendo a posse de bola e mostrando-se sólidos na defesa, frustrando assim as esperanças do seu adversário.

Um resultado justo que relança os Red Bulls após o seu recente desaire. O mesmo não se pode dizer de Los Angeles, que parece estar a passar por uma pequena fase negativa. 

 Outros Encontros 


Montreal Impact 1-1 D.C. United: Um ponto importante para D.C. United, num encontro fora de portas no qual mostraram um desempenho acima do que costuma ser característico desta equipa.

Orlando City 3-3 New England Revolution: Duas equipas com evidentes fragilidades defensivas empataram a 3 bolas nesta partida. New England marcou 2 golos totalmente contra a corrente do jogo, mas Orlando acabaria por empatar o jogo por duas vezes, tendo estado por cima do jogo durante largos períodos de tempo. 

FC Dallas 1-3 San Jose Earthquakes: Um verdadeiro terramoto em Dallas e a grande surpresa da jornada. Embora a equipa da casa tenha mostrado alguma superioridade, os forasteiros não se deixaram intimidar e conseguiram mesmo uma rara vitória num terreno complicadíssimo.

New York City FC 2-2 Vancouver Whitecaps: A sorte parece mesmo ter acabado para a equipa de Domènec Torrent, que, desta feita, sofreu um empate caseiro a 2 bolas numa partida em que se mostrou muito superior ao adversário mas onde cometeu erros defensivos dignos de um conjunto de amadores.

Colorado Rapids 2-1 Los Angeles Galaxy: A outra surpresa da jornada. Os Galaxy, ainda que um tanto inconsistentes de tempos a tempos, foram ao Colorado perder por 2-1 com os Rapids, num jogo em que a equipa da casa mostrou mesmo argumentos para justificar o resultado. Zlatan Ibrahimovic não esteve em campo, algo que parece ter condicionado a equipa visitante.

Houston Dynamo 0-1 Sporting Kansas City: Finalmente uma vitória para SKC, e logo num terreno não muito fácil. Os visitantes mostraram a sua superioridade, conseguindo um resultado totalmente justo, ainda que tenham beneficiado de jogar com mais uma unidade em campo desde os 14 minutos de jogo. Houston, de resto, teve imensos problemas disciplinares neste encontro, tendo três dos seus jogadores e o seu treinador recebido ordem de expulsão.

Real Salt Lake 2-1 Chicago Fire: Vitória justa para RSL que, embora não tendo sido infinitamente superior, foi melhor que o seu adversário. Schweinsteiger ainda fez um belo golo pelos Fire, mas isso não seria suficiente para travar a série de 6 derrotas consecutivas que esta equipa enfrenta.




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