16 de julho de 2018

Top 5 Point Guards da Free Agency de 2018

Como já nos temos vindo a habituar nos últimos 3 anos, a Free Agency é uma altura da época em que o caos se instala na NBA. Cortes nos salários para uns, quantias surpreendentemente grandes para outros, apostas que já eram certas e, em alguns casos, até mesmo a falta de qualquer propostas.
Na versão de 2018 já tivemos a nossa dose de surpresas (uma delas bem desagradável, diga-se) e aquelas certezas com que já contávamos. Dito isto, e estando agora numa fase da off-season em que quase todos os jogadores relevantes já assinaram contrato e pouco acontece, iremos abordar cada um dos 5 melhores jogadores em cada posição que foram agentes livres no dia 1 de Julho.
Naturalmente, e, começando pelo início, vamos dar uma vista de olhos nos organizadores de jogo. Numa era em que o talento na posição de Point Guard é imprescindível, escolhemos assim os 5 melhores desta posição que estiveram recente livres.


Chris Paul




Uma daquelas certezas que mencionei acima era o retorno de Chris Paul aos Houston Rockets. Se há um ano atrás se gerava polémica e surgia a grande dúvida se dois portadores de bola como Paul e James Harden conseguiam coincidir, passado um ano essa questão está mais que resolvida. A experiência da equipa do Texas revelou ser um grande sucesso e mais um toque de génio do treinador de orientação super-ofensiva, Mike D'Antoni e o líder da direção dos Rockets, Daryl Morey. A questão de como encaixa Chris Paul neste esquema já não precisa de ser colocada já que este encaixou como uma luva e atingiu assim as suas primeiras finais de conferência.
O grande problema neste negócio não é a qualidade atual de CP3 ou até o esquema da equipa mas sim a duração do contrato e os números astronómicos deste. Se é verdade que Chris Paul é um dos melhores bases de sempre, também é verdade que este já tem 33 anos. Dito isto, um contrato de 4 anos e cerca de 160M (!!!) não será o ideal para um jogador que certamente entrará em decadência. Resta saber se os Rockets conseguem ultrapassar a montanha Golden State (que está ainda maior) ou se estão completamente amarrados para os próximos 4 anos.



Isaiah Thomas





A par de DeMarcus Cousins esta é, para mim, a grande surpresa desta off-season. Há um ano atrás Isaiah saía daquela que será provavelmente a melhor época da sua carreira em que teve médias de quase trinta pontos por jogo. A sua garra e dedicação, principalmente depois da morte da sua irmã, fizeram o mundo basquetebol sentir compaixão e apoiar o pequeno base. No fim da época já Isaiah reclamava "um camião cheio", referindo-se assim ao contrato que achava que os Celtics lhe deveriam dar. A verdade é que este acabou por se lesionar e ser trocado para os Cavaliers e isto seria o início do pior ano desportivo do produto da faculdade de Washington. Voltado da sua lesão foi, quase imediatamente, trocado para os Los Angeles Lakers e a sua produção nunca chegou perto daquilo que nos havia habituado em Boston.
Chegando à Free Agency, o único camião que conseguiu foi o da realidade, que o atropelou. Falavam-se em conversas com os Orlando Magic onde encaixaria muito bem mas, para surpresa do mundo do basquetebol, acabou por se contentar com um contrato mínimo de veterano na ordem dos 2 milhões de doláres com os Denver Nuggets. Fica assim na história mais um jogador a ser tramado pelas lesões.



Rajon Rondo





Acabado de sair de uma época em que voltamos a ver "Playoff Rondo" em ação, o ex-Celtic relembrou os espetadores da modalidade que vai sempre ser uma mais valia para qualquer equipa que tenha a sorte de ter os seus serviços. As suas exibições nos playoffs, particularmente ao servir Anthony Davis e Jrue Holiday contra os Blazers fizeram subir o seu valor e fizeram com que várias equipas estivessem interessadas naquilo que o outrora base All-NBA ainda tem para oferecer.
Era expectável que se mantivesse na equipa de New Orleans mas a sua decisão deixou muita gente a coçar a cabeça já que assinou pelos Los Angeles Lakers. O contrato de 1 ano e 9 milhões de dólares não é o que faz com que esta aquisição seja estranha por parte dos Lakers, mas sim o facto de que o seu Point Guard do futuro Lonzo Ball esteja firme na equipa titular saído de uma época em que produziu a um bom nível e promete muito. Espera-se assim que Rondo saia do banco da equipa roxa e dourada e lidere a segunda linha, algo inédito na sua carreira. Rondo é conhecido por ser algo problemático e discutir com treinadores e dirigentes pelo que esta decisão tem tudo para correr mal, ainda que Magic Johnson tenha dito que o único titular indiscutível nesta equipa é LeBron James.



Elfrid Payton





Ora acabados de falar de Rajon Rondo passamos agora para aquele que será o seu substituto na equipa de Nova Orleães, Elfrid Payton. Payton encontra-se numa fase muito estranha da sua carreira em que surgem muitas dúvidas sobre a sua qualidade e se tem a capacidade de ser um base titular na liga. Prova disso é a facilidade com que os Orlando Magic o trocaram para Phoenix na segunda metade da última época, a troco de, apenas, uma escolha de segunda ronda. Já em Phoenix, ainda que fosse titular, duras críticas foram feitas ao jogador e à sua capacidade de compromisso já que este se recusava a mudar o seu penteado que lhe tapava metade do seu campo de visão. Payton parece, no entanto, estar um homem mudado já que cedeu e rapou o cabelo. Ainda assim, não parece ter sido o suficiente para os Suns quererem reter os seus serviços.
Elfrid Payton assina assim um contrato com a duração de um ano, no valor de 2.7M com os New Orleans Pelicans naquela que pode ser a sua última oportunidade para provar o seu valor como titular na liga. Acaba por ser um substituto direto de Rondo que, até ver, faz tudo pior que Rondo, com a exceção de lançar, onde ambos estão abaixo da média. Veremos se este nos mostra alguma evolução.



Fred VanVleet 





Uma das grandes surpresas da época passada, Fred VanVleet está de volta aos Toronto Raptors num negócio de 18 milhões ao longo de dois anos.
Do nada, VanVleet apareceu como um dos mais sólidos contribuidores de segunda linha da liga. A sua excelente defesa e percentagens de lançamento, em particular de 3 pontos, fizeram com que este fosse um dos 3 finalistas para o prémio de Sixth Man of the Year. VanVleet foi uma das principais razões para Toronto ter o melhor banco da liga, e, consequentemente, ter conseguido ser a primeira seed na conferência Este na época findada.
Ainda que tivesse discutido valores e a possibilidade de ingressar nos Phoenix Suns, os Raptors não deixaram que o seu aguerrido contribuidor de banco saísse e este fica em Toronto onde continuará a desempenhar o papel que o fez ficar conhecido.


Listamos assim aqueles que pensamos ser os melhores bases que estiveram recentemente disponíveis e analisamos, brevemente, como encaixam nas suas novas ou habituais equipas. A seguir, Shooting Guards! 

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