18 de maio de 2018

Final da FA Cup: Antevisão

Manchester United e Chelsea vão encontrar-se em Wembley pela 3ª vez numa final da FA Cup - 19 de Maio, 17h15 - e procuram desempatar um parcial que, para já, conta com uma vitória para cada lado (curiosamente, a Final ganha pelo Chelsea foi sob o comando do agora rival José Mourinho). No conto geral, o United já amealhou 12 destes troféus e o Chelsea 7.



O conjunto que parece chegar a esta fase com os níveis de confiança mais estabilizados é o Manchester United e é por ele que começamos a nossa análise. Depois de uma temporada de estreia em que José Mourinho logrou conquistar 3 títulos, com especial destaque para mais uma glória europeia, a FA Cup surge agora como "salvação" para esta nova época em que volta a deixar escapar o título da Premier League. Além disso, a participação na Liga dos Campeões deixou muito a desejar, tendo em conta aquilo que são as expetativas para um clube que gastou nada mais, nada menos, do que 350M em transferências desde a chegada do técnico a Old Trafford.

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A par disto, os métodos, a filosofia e o estilo de jogo têm sido alvo de muitas críticas, não só pelos analistas, mas também pela própria massa adepta. Os resultados até têm sido melhores que as exibições e, apesar do grande objetivo passar por regressar ao topo do pódio na Liga, a possível conquista da Taça devolve alguma dose de paciência aos mais fanáticos e transmite também maior segurança para o futuro que passa por desenvolver novamente uma mentalidade vencedora.

Contudo, se é verdade que o futebol da equipa por si só não convence, também é verdade que, nestas ocasiões, não há ninguém melhor do que José Mourinho para estar encarregue do "leme". Senão vejamos, no seu já vasto histórico de finais, o respeitado técnico levou a melhor em 12 de 14 tentativas. "As finais não se jogam, ganham-se", um verdadeiro mestre do psicológico cujo dicionário não contempla nada que se pareça com insucesso.

Uma equipa coesa, fechada atrás, a jogar no contra ataque e sem qualquer problema em entregar as despesas do jogo ao adversário, é isto que se vê e que se espera do United em qualquer partida. Os jogadores chave são normalmente os extremos que são aqueles que mais têm de adaptar a sua postura face ao oponente. Caso este se apresente mais compacto e com linhas mais recuadas, os homens mais abertos dos red devils terão de baixar mais para entrar em cena, enquanto Pogba toma conta das saídas de bola dentro do próprio meio campo. Nota ainda para Lukaku, Fellaini e Martial que estão em dúvida para a grande Final.


Por sua vez, a atmosfera que se vive em Stamford Bridge é completamente diferente. O Chelsea de 17/18 em nada ou quase nada faz lembrar o Campeão da temporada passada. Desde cedo e durante toda a época, a equipa não mostrou qualquer sinal de consistência, ora com boas exibições, ora a passar completamente ao lado do jogo. Os motivos para a falta de resultados são vários e passam, não só por uma série de contratações que falharam em integrar o sistema, mas também pela própria relação entre treinador e jogadores.

António Conte tem uma personalidade muito forte e isso pode ter consequências muito diferentes. Há um ano atrás estávamos todos a elogiar a forma como o seu estilo "feroz" e "apaixonante" afetava a postura da equipa no relvado, mas hoje o momento e o ambiente parecem ser outros. Ao que tudo indica, e segundo rumores que têm vindo a ganhar relevo ao longo da temporada, o técnico italiano irá mesmo deixar o clube, independentemente do resultado de sábado. Conhecendo a sua mentalidade de quem não gosta de perder, "nem a feijões", certamente que irá procurar sair pela porta grande com mais um título para colocar na prateleira.

Mais difícil, ultimamente, é avaliar os processos da própria equipa dentro de campo. Não mais o Chelsea é aquela máquina de contra ataque puro, mas sim uma verdadeira "caixinha de surpresas", nem sempre muito agradáveis. Só esta época, já vimos os blues a tomar conta do jogo e a assumir a posse durante largos períodos do mesmo; a funcionarem no contra golpe à base de criatividade e futebol rápido/fluído como bem nos habituaram; e também a transparecerem uma atitude apática e uma linguagem corporal meramente estática. 

Ainda assim, apesar dos últimos 2 desaires para a Premier League, em que a armada de Conte mostrou clara falta de ambição, os jogadores têm-se exibido com alguma qualidade. Pressão eficiente com um bloco bem posicionado e sem abrir muitos espaços, para que os adversários sintam dificuldade em penetrar, a jogar com um ritmo mais elevado, a trocar de bola de pé para pé e a sair bem das pressões, jogando a toda a largura do campo. Este é o Chelsea que se espera para o derradeiro e último desafio.


Numa visão mais transparente desta que será uma partida com desfecho bastante imprevisível, parece-nos que existem fatores mais fiáveis e que terão maior influência do que outros. O segredo de Mourinho para estas ocasiões é conseguir passar aos seus jogadores a ideia de que é "só mais um jogo", aliviando-lhes o peso nos ombros e transmitindo alguma descontração para retirar deles todo o seu potencial. Dedicação, compromisso e atenção ao detalhe são outras das suas armas que fazem de si um excelente motivador.

Fundamental para o Chelsea será o último terço do terreno, lugar onde são uma equipa que adora jogar em constantes tabelas e sempre de olho no último passe (ou cruzamento tenso) a rasgar para os seus principais velocistas. O bom uso de uma referência atacante, como Giroud, que saiba movimentar-se dentro de área, que seja forte, lute e atraia atenções para si, será também muito importante para desbloquear a defesa contrária. Hazard e Willian terão direito a um papel mais solto, com "bandeira verde" para desequilibrar, e pisarão muito terrenos mais interiores para favorecer o passe curto e libertar espaço para os laterais.

A nossa previsão final é de que o Manchester United terá melhores condições para levar de vencida esta Final, ainda que de forma algo "sofrida". Dada a capacidade de ambos os lados para fazer mexer o marcador, o nosso palpite vai para uma vitória do United pela margem mínima, vitória essa que poderá aparecer já fora do tempo regulamentar (eventual prolongamento).

Terá o Chelsea engenho suficiente para furar os planos do técnico português, ou a paciência de Mourinho voltará a dar os seus frutos?  

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