29 de setembro de 2018

Previsão de Época: Indiana Pacers

Bem vindos de volta meus fiéis leitores! Num dia em que vamos voltar a ver basquetebol americano, chego com um artigo sobre uma equipa que promete continuar a surpreender-nos. Hoje falamos sobre os aguerridos Indiana Pacers.


Mas que bela surpresa foram os Pacers ao longo do último ano. Há exatamente um ano atrás adivinhava-se que Indiana fosse uma equipa de lotaria e que lutasse pelo Draft. A sua estrela, Paul George, tinha acabado de sair numa troca em que todos os "experts" davam a equipa de Indianapolis como a perdedora do negócio. Desde o início que foram uma surpresa. Posso mesmo dizer que grande parte dos atletas da equipa foram agradáveis revelações. Darren Collison mostrou uma capacidade de tiro exterior fora do normal. Liderou a NBA com uns avassaladores 47%! Bojan Bogdanovic conseguiu finalmente afirmar-se numa equipa na NBA e foi temível nos lançamentos de 3 também. Thaddeus Young manteve um nível sólido. Sabonis mostrou o porquê de estar a ser extremamente mal utilizado em Oklahoma. O jogo interior é onde este prima e forçá-lo a esticar o jogo não foi, de todo, uma boa ideia. Tornou-se dos melhores bigs de segunda linha e põe pressão nos dois do 5 titular. Myles Turner foi a única desilusão da equipa. Esperava-se que este fosse o ano em que Turner explodiria mas tal coisa não aconteceu. Por fim, o mais inesperado de toda a época foi mesmo a ascenção de Victor Oladipo. Numa questão de meses o produto da faculdade da mesma cidade da equipa onde atua passou de promessa falhada a estrela indiscutível no seu conjunto e na própria liga. De repente, os Pacers já não saiam derrotados do negócio que viu sair aquela que era a sua estrela.
Para uma equipa de quem nada se esperava conseguiram um impressionante quinto lugar na conferência Este. À sua frente ficaram apenas os favoritos ao topo da conferência: Raptors, Celtics, Cavs e os surpreendentes 76ers. Numa época regular em que apanharam todos de surpresa, os Pacers garantiriam a sua presença nos Playoffs, onde enfrentariam os vice-campeões Cleveland Cavaliers.
As surpresas ainda não tinham acabado. Apesar da excelente prestação dos Pacers na temporada regular, esperava-se que os Cavaliers fizessem trabalho fácil da equipa de Indiana. A realidade rapidamente bateu a todo o mundo quando no primeiro jogo Oladipo e companhia foram a Cleveland vencer por 18 pontos. Quase conseguiam levar os dois jogos em casa dos Cavs mas estes ganhavam o segundo por 3. A série passava para Indiana onde o drama do jogo dois se repetia, desta vez com o jogo a cair para os Pacers. Nos jogos 4 e 5 os Cavaliers ganhariam em jogos que poderiam ser de qualquer equipa. No jogo 6, sob o risco de serem eliminados, os Pacers explodiram e levaram os nortenhos de vencidos por uma diferença de 34! No jogo 7, com muita polémica à mistura, os Cavs acabariam por passar à próxima fase com uma vitória por 4 pontos. A época dos Indiana Pacers estava terminada mas a experiência de Playoff manter-se-ia com os jogadores para sempre.


Foi um verão bem ocupado em Indiana. Enquanto que isso não tem necessariamente que ser positivo, as aquisições e saídas na equipa parecem ser um bom sinal. Trevor Booker chegou a meio da época passada para conseguir um lugar na rotação, no entanto, sai agora para a China. Al Jefferson já é uma sombra daquilo que era e acaba por sair na Free Agency. Nesta altura da sua carreira talvez a reforma seja a melhor opção. Glen Robinson III sai depois de uma época onde passou mal devido a problemas físicos. Joe Young sai sem nunca ter tido uma verdadeira oportunidade e o seu destino é também a China. Por fim, o "palhaço da turma", Lance Stephenson é agora um Laker.
As entradas são bastantes e boas. O Draft trouxe um membro de uma família bem respeitada na NBA, Aaron Holiday. O base vindo de UCLA mostrou-se bastante completo na Summer League. Na noite dos sonhos foi também selecionado Alize Johnson. Vindo dos Trail Blazers, Omari Johnson pode nem sequer chegar ao início da época. Entre contratações mais sérias na Free Agency temos CJ Wilcox vindo dos Blazers e Kyle O'Quinn que nas suas palavras "Queria lutar por algo mais que o Draft do próximo ano" (Aplicar água fria na queimadura, Knicks). Doug McDermott consegue um excelente contrato e irá providenciar capacidade de tiro vinda do banco. Por fim, a grande aquisição dos Pacers e um jogador que deverá ser um dos grandes candidatos ao prémio de sexto homem do ano, Tyreke Evans.

Opinião

Ao contrário do ano anterior, as expetativas estão bem altas para os Pacers este ano. É uma equipa naquele segundo patamar atrás dos gigantes. Depois de uma temporada sem qualquer tipo de pressão não sabemos como irão reagir quando se espera bastante deles. Darren Collison dificilmente manterá os números do ano passado, até porque para além da concorrência de Cory Joseph tem agora que dividir minutos com Aaron Holiday também. O miúdo promete lutar pelo seu tempo de jogo e se a Summer League nos diz alguma coisa é que este rapaz vai ser uma peça sólida nesta liga. De Oladipo espera-se o mundo. Assim que os Pacers foram eliminados este contactou o seu treinador e prometeu voltar num nível ainda melhor. Esta próxima época será aquela que define o jogador que ele é, um "One Season Wonder" ou uma superestrela. Bojan Bogdanovic parece ter atingido o seu teto mas mantendo o rendimento do ano passado deverá manter o seu lugar no 5 titular, ainda que McDermott seja uma versão mais nova de Bogdanovic que certamente lhe roubará alguns minutos, não lhe tivessem os Pacers oferecido um contrato tão bom. Thaddeus Young deverá manter-se no 5 inicial. Embora Kyle O'Quinn seja um contribuidor sólido vindo do banco não deverá conseguir roubar o lugar a Young. Sabonis foi um sucesso a jogar a Center onde faz melhor uso do seu jogo interior e por isso a entrada deste para a formação titular para a posição de 4 deverá estar fora de equação. De quem mais se espera nesta época é Myles Turner. Todo o mundo e as suas mães esperavam que 2017-2018 fosse o ano dele mas teve uma queda de rendimento. Para os Pacers darem o próximo passo é fulcral que Turner suba os seus números e produtividade, particularmente no departamento de scoring e ressaltos. O jogo exterior de Turner sempre foi bastante intrigante e basta este melhorar ligeiramente para fazer resultar uma parceria com Sabonis. Com Turner a esticar o jogo, Sabonis conseguiria fazer uso da sua técnica no garrafão. Ambos têm números parecidos no que toca a lançamento de longa distância e se qualquer um dos dois conseguisse melhorar um pouco nesse aspeto os Pacers seriam um caso sério para qualquer equipa. Por fim, a grande diferença da equipa de Indiana para a próxima temporada, Tyreke Evans. Contando que este está no seu melhor, sairá do banco para ser o líder da segunda unidade e o portador de bola primário da mesma. Deverá ter muitos minutos e uma enorme influência, continuando a época revitalizadora que teve na época passada.
São uma equipa que ninguém pode subestimar. Têm muitas armas e algumas delas extremamente letais. Se ano passado foram uma surpresa este ano deverão ser uma certeza dado que estão bastante mais profundos. Creio que são uma garantia nos Playoffs, excluindo qualquer lesão grave. O lugar em que entram na postseason poderá depender deles mesmos ou de outras equipas. Penso que na melhor das hipóteses serão uma quarta seed. Por muito que algo possa correr mal, penso que nunca deverão conseguir menos que um sexto lugar na conferência.

Série A: 7ª Jornada - Antevisão


Roma x Lázio

(29 de Setembro, 14h00 - Stadio Olímpico, Roma)



História principal: Espírito combativo e pragmatismo. Chegou uma das alturas do ano que qualquer cidadão de Roma tanto anseia e que faz parar a cidade - o derby romano. No que toca ao futebol jogado, nenhum dos conjuntos atravessa uma fase propriamente boa por esta altura, estão ambos ainda muito longe daquilo que produziram na última temporada.

No caso da Roma, a situação parece um pouco mais complicada do que no caso da Lazio - se os segundos têm conseguidos uma série de vitórias nas últimas partida, mesmo sem deslumbrar, os primeiros têm perdido pontos de forma constante contra adversários de teor mais baixo. No entanto, a turma de Di Francesco defrontou o Frosinone na última jornada e a vitória, com direito a goleada, pode ter dado outro alento a estes jogadores que têm tido muitas dificuldades em fazer golos.

O nosso ponto de vista: Estamos à espera de uma autêntica batalha a meio campo, uma partida muito dividida e física na procura do rigor tático. Cremos que, tanto uma como outra equipa, entrarão em campo com muita cautela, muita apreensão, e com maior receio de quebrar do que vontade de correr riscos.

Não se esperam facilidades de parte em parte, em nenhum dos setores do campo, e portanto não devemos contar com muitas oportunidades. A chave estará na resiliência, na capacidade de combate e na paciência necessária para aproveitar qualquer chance que possa aparecer de forma pragmática. A 1ª equipa a conseguir encontrar o caminho do golo terá uma oportunidade especial de se agarrar ao resultado com tudo e segurar um triunfo que, para uns ou para outros, será certamente muito importante.

Prognóstico: É difícil atribuir favoritismo ou um vencedor provável numa partida onde o histórico recente pouco ou nada importa quando a bola começa a rolar. Ainda assim, diríamos que a Roma terá ligeira vantagem pelo simples facto de precisarem desta vitória mais do que nunca. 

O empate, todavia, não nos parece descabido e acreditamos que o jogo não terá mais do que 2 golos. Um mercado interessante poderá ser o de total de cartões amarelos devido à intensidade do jogo, +4,5 deveremos ter.

Juventus x Napoli

(29 de Setembro, 17h00 - Juventus Stadium, Turim)



História principal: Consistência organizacional. A Juventus, até ao momento, na era Ronaldo, só conhece o sabor da vitória. Apesar de ter começado algo apática, a vecchia signora parece estar a encontrar-se aos poucos e a voltar às exibições menos sofridas. Uma coisa é certa, Allegri vai conseguindo adaptar a equipa a jogar em diferentes estilos, de acordo com as circunstâncias e em virtude daquilo que o jogo pedir - esta pode mesmo ser a chave. Na memória, ainda assim, estará a derrota da temporada passada que podia perfeitamente ter comprometido o heptacampeonato. 

O Napoli, também pela positiva, tem vindo a melhorar de forma progressiva as suas prestações nesta Série A, principalmente ao que à responsabilidade defensiva diz respeito. A equipa já soma uma série de bons jogos sem conhecer sequer o sabor amargo do golo sofrido e tem consigo juntar a isso bons índices de eficácia no último terço. Frente à Juve, qualquer quebra nestes 2 aspetos pode ser fatal.

O nosso ponto de vista: Não há muito a dizer sobre aquilo que se espera do Napoli - uma equipa com pendor ofensivo mas sobretudo com muita vontade de ter a bola na sua posse, uma réplica daquilo que temos visto, sobretudo nas últimas partidas. Do outro lado está um conjunto mais moldável, que se sente relativamente confortável tanto em posse como a apostar na transição rápida.

A nosso ver, o foco principal estará na forma como o Napoli se irá adaptar a um jogo que terá momentos muito distintos entre si - a Juve tanto procurará impor a sua qualidade no setor ofensivo, como não terá problemas em oferecer a posse ao adversário para estudar as suas investidas. Se os homens comandados por Ancelotti conseguirem aguentar as avalanches de Ronaldo e companhia, então teremos aqui um candidato sério à vitória.

Prognóstico: Vitória para a Juventus pela margem mínima. Acreditamos que será um jogo muitíssimo complicado para qualquer uma das equipas mas que o maior talento e maior diversidade de soluções do plantel bianconeri dará os seus frutos. Um dos centrais da equipa da casa para marcar é o nosso palpite mais arriscado de hoje.

Fiorentina x Atalanta

(30 de Setembro, 14h00 - Artemio Franchi, Florença)



História principal: Dinâmica e fator casa. Comecemos por falar da equipa visitante - a Atalanta tem mostrado imensas dificuldades neste início de temporada para materializar as suas exibições e, assim, conquistar vitórias. O conjunto soma apenas uma vitória nos primeiros 6 jogos e começa a perder algum "gás" na luta pelos lugares europeus, ainda que seja muito cedo para tirar qualquer tipo de conclusões.

Por seu lado, a Fiorentina tem sido um verdadeiro "pau de dois gumes" nesta nova edição da Série A. A equipa de Florença venceu todos os seus jogos em casa mas, fora de portas, tem sentido bastantes dificuldades em conquistar os 3 pontos. Na última jornada, os homens de Stefano Pioli saíram derrotados por 2-1 no terreno do Inter, numa partida onde até mereciam algo mais. Os resultados têm sido algo inconstantes mas a entrega dos jogadores já parece ser uma certeza - plantel muito jovem e dinâmico que nunca baixa os braços perante as adversidades.

O nosso ponto de vista: Será uma partida maioritariamente dominada pela Fiore, principalmente no que toca à posse de bola, tentando circula-la com paciência e esperar que surja uma brecha no esquema montado pelo adversário. Do outro lado, a Atalanta procurará aproveitar a rapidez dos seus homens mais adiantados para surpreender a equipa da casa no contra golpe.

Ao que tudo indica, teremos um desafio com bastantes oportunidades, para um e outro lado, e será importante perceber qual dos conjuntos irá manter-se durante mais tempo na partida - no que ao índice físico diz respeito. A apostar, diríamos que a Fiore terá um rendimento mais alargado e competitivo, muito em prol do tempo que passarão com a bola no pé e não a correr atrás dela. Para os visitantes será extremamente crucial melhorarem a finalização, ou continuarão a não conhecer o sabor da vitória durante mais uns tempos.

Prognóstico: Vitória suada da Fiorentina. Apesar de tudo, será uma partida equilibrada e fluída entre duas formações destemidas e com muito para dar a este campeonato. Não acreditamos que a Atalanta volte a ficar em branco no que ao marcador diz respeito, portanto +2,5 golos parece-nos seguro. Empate ao intervalo pode ser outro mercado a explorar.

28 de setembro de 2018

Premier League: 7ª Jornada - Antevisão

West Ham x Manchester United

(29 de Setembro, 12h30 - London Stadium, Londres)

História principal: Manchester United prestes a "explodir". Por estes dias, a "guerra" entre Mourinho, a Direção e alguns dos seus jogadores vai sendo notícia - todavia, os problemas dentro do clube já não são surpresa para nós. Na 1ª análise da época apostamos na saída de Mourinho até ao Natal, e neste momento já parece mesmo o cenário mais provável. Será mesmo ele o culpado? Vamos deixar esta temática para um outro artigo.

O West Ham, por seu lado, parece ter a "estrelinha da sorte" do seu lado nas últimas partidas. A equipa continua a não praticar um futebol entusiasmante mas parece estar, finalmente, a passar por uma fase evolutiva, ainda que a um ritmo demasiado lento. Será suficiente para retirarem novo resultado positivo?

O nosso ponto de vista: A situação pouco famosa do lado vermelho de Manchester torna a equipa numa "presa fácil" neste momento. A qualidade individual está lá, sem dúvida, há uma série de jogadores que podem fazer a diferença a qualquer momento, mesmo quando a equipa está na mó de baixo, mas o coletivo simplesmente não existe. A solução só pode passar por uma destas vias - ou Mourinho sai, ou o técnico português muda a sua filosofia de trabalho que parece ter ficado presa no passado.

Do outro lado do campo temos Pellegrini, mais um senhor que tem tido dificuldades em acompanhar o futebol moderno. É uma pena ver um conjunto como o West Ham, que se reforçou muito e bem para esta temporada, a não conseguir construir um lance com princípio, meio e fim. O estilo defensivo do chileno está a atrasar e muito a projeção do clube.

Tudo indica que iremos assistir a mais um típico jogo do West Ham no London Stadium - defender e tentar, sim, tentar, sair em contra ataque. A defesa bastante permeável do United irá certamente "oferecer" chances suficientes ao adversário para que estes retirem algo positivo da partida - falta saber se terão engenho necessário para transformar essas oportunidades em golo. Os red devils têm de mostrar maior capacidade ofensiva, mais criatividade e não circularem simplesmente a bola de uma lado para o outro sem criar qualquer tipo de perigo. Caso mantenham esta apatia, será inevitável que saquem um "coelho da cartola" para levarem os 3 pontos para casa.

Prognóstico: Não sabemos até que ponto podemos considerar o United realmente favorito. É verdade que têm os "ovos" todos mas, com tanta polémica em torno da cabeça de cada um dos elementos desta equipa, não nos parece que conseguirão dominar a partida a seu belo prazer. O West Ham também tem mais sorte do que "juízo", portanto não será de esperar grandes melhorias nesse aspeto.

Cremos que será um daqueles jogos em que o melhor é apostar LIVE. Ainda assim, antevemos um handicap +1,5 a favor dos hammers, +2,5 golos e Lukaku para faturar.

Huddersfield x Tottenham

(29 de Setembro, 15h00 - John Smith's Stadium, Huddersfield)

História principal: "A bela adormecida". O Tottenham tem estado a brincar um pouco com a sorte neste início de época. A base, quem bem conhecemos, ainda está presente na equipa mas parece demasiado adormecida - os pontos negativos estão cada vez mais expostos, como já abordamos por diversas vezes anteriormente. A organização defensiva não é o ponto forte de Pocchetino e, aliado à qualidade algo questionável nesse mesmo setor, faz com que este conjunto pareça uma autêntica "montanha russa" durante os 90 minutos. As oportunidades de que os seus adversários dispõe a cada jogo são elevadas e esta é uma lacuna preocupante, tendo em conta que o Tottenham ousa ocupar o patamar cimeiro desta Premier League.

O Huddersfield podia aproveitar as fragilidades que enunciamos acima para angariar pontos e ser uma verdadeira ameaça, mas a verdade é que este Huddersfield não é o mesmo da temporada transata. Neste momento, não vemos forma da equipa conseguir aguentar as exigências do mais alto escalão do futebol inglês e, ou as coisas mudam muito de figura, ou o seu destino estará traçado e passará pelo Championship.

O nosso ponto de vista: É desde bem cedo que se criam as bases para cimentar o lugar desejado na tabela classificativa e os spurs têm desperdiçado várias oportunidades para honrar as suas próprias expetativas. Assim sendo, irão procurar certamente os 3 pontos num reduto onde se obrigam a ganhar face a um oponente claramente mais fraco. Teremos um Tottenham controlador e dominador na grande parte da partida - a circulação da bola continua a "transpirar" qualidade e individualmente têm os assets necessários para criar inúmeras oportunidades de perigo, como são os casos de Lucas Moura, Eriksen, Ali, Lamela e Son, por exemplo.

Na vertente menos positiva está a solidez defensiva da equipa que não tem sido nada constante e poderá trair as ambições de Pocchetino. Caso continuem a ser "anjinhos", o Huddersfield terá uma excelente oportunidade para baralhar as contas e sacar alguma coisa do jogo. Diríamos que o Tottenham tem todas as condições e mais algumas para conquistar a vitória de forma tranquila mas terão de estar alerta durante todo o encontro.

Prognóstico: Vitória para os spurs. A seriedade com que se apresentarem em campo será o fator chave para anularem o espírito lutador do adversário que tudo fará para não sair derrotado. Kane para marcar, Tottenham a vencer ao intervalo e handicap -1,5 para os visitantes parecem ser os melhores mercados.

Arsenal x Watford

(29 de Setembro, 15h00 - Emirates Stadium, Londres)

História principal: Coesão. Tal como referimos na antevisão à partida com o Everton, os gunners só conhecem o sabor da vitória desde que colocaram Lacazette e Aubameyang lado a lado na frente de ataque. Nessa partida somaram nova vitória... et voilá, o 2 golos foram marcados exatamente por estes 2 atletas. A equipa parece, finalmente, estar a ganhar estabilidade do meio campo para frente, coisa que não acontece no lado inverso do campo. Emery continua a não conseguir incutir segurança no setor defensivo e os erros só não têm sido cruciais porque são colmatados com as boas prestações dos elementos mais ofensivos.

Quanto ao Watford, podemos dizer que estão, pouco a pouco, a perder "gás" em relação àquele início fantástico de temporada. Depois de 5 vitórias consecutivas, a equipa somou 1 empate e 2 derrotas, sendo que uma delas ditou a eliminação da Taça da Liga. Uma das razões para este decréscimo exibicional tem a ver com a quantidade de lesões que têm assombrado o plantel e dificultado as escolhas de Javi Gracia.

O nosso ponto de vista: O Arsenal, a jogar em casa, deverá impor aquilo que é o seu estilo e a superioridade qualitativa dos seus jogadores face ao adversário. A circulação da bola nem sempre é "rica" de conteúdo mas tem vindo a melhorar jogo a jogo. Dos homens da frente, espera-se que mantenham a pontaria afinada e consigam transformar a superioridade em golos.

Por outro lado, e tendo em conta aquilo que foi visto no jogo com os Toffees, a equipa terá que se apresentar muito mais coesa no seu meio campo e evitar ser batida no contra ataque. A verdade é que o Arsenal podia ter saído do seu próprio reduto com uma grande deceção, não fosse a fraca finalização da turma de Marco Silva que desperdiçou uma série de boas oportunidades, principalmente no 1º tempo.

O conjunto do Watford não é propriamente conhecido pelo talento individual mas, para contrabalançar, têm um espírito combativo enorme e estão sempre prontos para fazer o adversário pagar em momentos de desconcentração. As bolas paradas também podem ter aqui um papel importante, uma vez que os visitantes já mostraram ser muito perigosos nessa vertente e a defesa do Arsenal vem mostrando permeabilidade também nesse aspeto.

Prognóstico: Vitória tangencial para o Arsenal. A qualidade do plantel e dos seus artilheiros voltará a fazer a diferença numa partida onde não irão escapar a novo susto. Não acreditamos que o Watford não consiga materializar pelo menos uma das chances a que terão direito, portanto ambos os conjuntos para marcar também parece um bom mercado. Lacazette vai continuar o excelente momento e adicionar novo "visto" à sua lista.

Chelsea x Liverpool

(29 de Setembro, 17h30 - Stamford Bridge, Londres)

História principal: Transição defensiva dos blues. Sarri tem vindo a cimentar a sua posição no futebol inglês com as suas ideias bem vincadas e fielmente ligadas a uma boa e eficaz circulação da bola. A par do Manchester City, o Chelsea é a equipa que mais tempo tem o esférico na sua posse e o resto já sabemos, quem tem a bola não pode sofrer golo. A equipa tem mostrado uma evolução constante e progressiva, o que demonstra bem a vontade dos atletas em incutirem os processos do novo técnico.

Se é verdade que o Chelsea é uma equipa de topo no que toca à posse de bola, o Liverpool é a melhor equipa a jogar contra sistemas deste tipo. A capacidade que este conjunto tem para sair no contra golpe é simplesmente impressionante e o Chelsea terá de encontrar um antídoto para parar as "motorizadas" conduzidas por Salah, Sané e Firmino. Um ponto importante nesta capítulo poderá ser o calendário da equipa forasteira que a meio da semana terá nova deslocação, desta vez a Nápoles, e tem encontro marcado com o Manchester City na próxima jornada.

O nosso ponto de vista: Jogo aberto e com várias ocasiões de golo, tal como no embate de quarta feira. O Liverpool sentiu-se, como sempre, confortável ao apresentar o seu estilo de jogo em contra ataque e movimentos rápidos, apanhando o Chelsea várias vezes "despercebido" - falhou a finalização. O Chelsea tentará ter a bola mais tempo que o adversário, o que deverão conseguir com relativa facilidade, e penetrar a defesa orquestrada por Van Dijk com paciência e muita cautela para conseguirem recuperar defensivamente em caso de perda da posse.

As chances vão aparecer naturalmente, para ambos os conjuntos, mas parece-nos que a turma de Klopp será sempre um pouco mais perigosa devido à capacidade letal de que dispõe o seu trio ofensivo. Impossível será analisar esta partida sem falar em Eden Hazard - o craque belga tem sido fenomenal desde que "engatou" no esquema de Sarri e é, atualmente, o MVP desta Premier League. Hazard joga, faz jogar e eleva a qualidade da sua equipa para outro patamar, sendo decisivo em muitas ocasiões. Prova disso mesmo é que o jogador é o atual melhor marcador do campeonato com 5 golos, somando ainda 2 assistências.

Prognóstico: Este é um jogo de tripla que pode sortir para qualquer um dos lados. Cremos que um dos fatores chave será quem marcar primeiro e também o índice de aproveitamento em frente à baliza, principalmente do lado do Chelsea. A apostar, diríamos que os blues não perderão a partida e o mais provável será um empate com golos. De realçar que será um ótimo desafio para quem gosta de apostar LIVE, uma vez que o jogo terá momentos muito distintos durante os 90 minutos.

MLS - 31ª Jornada - Antevisão

Saudações, camaradas! A corrida pelo post-season e pela cobiçada Supporters' Shield está ao rubro! Assim sendo, trazemo-vos quatro partidas que podem ter grandes implicações naquilo que é uma das mais emocionantes fases da época do soccer americano! E sim, até incluímos um jogo dos Galaxy, só mesmo para não dizerem que não gostamos deles!




Seattle Sounders vs Colorado Rapids
(29 de Setembro, 21:00 - Centurylink Field, Seattle, WA)



História principal: Após o abrupto fim da sua série vitoriosa, os Sounders preparam-se para receber os Rapids, num encontro em que perder pontos não é opção, não vão os seus adversários mais directos conseguir resultados favoráveis e complicar aquilo que parecia, até há duas semanas atrás, uma inabalável e imparável corrida aos playoffs.

O nosso ponto de vista: A posição e forma recente da equipa de Colorado fala por si, são o conjunto mais fraco neste desafio (e um dos mais fracos da liga). Sem mais objectivos esta época, os Rapids jogam aqui o seu orgulho, ainda que a sua falta de organização não deixe antever grandes hipóteses para esta equipa. No entanto, note-se que a capacidade desta equipa para não deixar os seus adversários jogar - ficando com a bola mas fazendo absolutamente nada com ela - poderá ter o seu mérito caso os Sounders acusem algum nervosismo.

Será esse, de resto, o maior inimigo da equipa de Seattle. Mesmo sem Harry Shipp e com Chad Marshall ainda em dúvida, os Sounders têm todos os argumentos para vencer os Rapids. São mais fortes, mais organizados e possuem uma legião de adeptos que tornam qualquer jogo em Seattle um verdadeiro pesadelo para as equipas adversárias. Conseguindo manter a cabeça no lugar e não deixando os receios de um possível deslize afectar a equipa, o conjunto orientado por Brian Schmetzer tem todas as condições para vencer este encontro, para não dizer obrigação.

Prognóstico: Vitória caseira para os Sounders. Em condições normais, é complicado ver os Rapids a conseguirem um resultado positivo em Seattle, para não referir que o histórico favorece, e de que maneira, a equipa anfitriã.

Quanto a golos, +2,5 poderá ser algo a considerar caso o encontro corra de feição ao conjunto da casa. Recomendamos alguma atenção a essa parte.

Notas de Interesse
  • Em 23 partidas realizadas entre as duas equipas, Seattle venceu por 16 vezes, enquanto os Rapids apenas o conseguiram em 5 ocasiões.
  • No último jogo realizado entre as duas equipas, neste estádio, os Sounders venceram por 3-0
  • Seattle venceu os últimos 5 encontros entre as duas equipas, sendo que apenas uma das partidas não teve mais do que +2,5 golos.
  • Os Sounders marcam, em média, 1,6 golos por casa jogo no Centurylink Field, sofrendo apenas 0,9.
  • Colorado marca 0,7 golos por cada jogo realizado fora de portas, sofrendo 1,9 na mesma situação.

D.C. United vs Montreal Impact
(30 de Setembro, 00:00 - Audi Field, Washington, D.C.)


História principal: Embora com 2 jogos em atraso em relação à equipa que recebem, os D.C. entram para este jogo a saber que uma vitória oferece uma oportunidade de ouro na luta pelos playoffs, enquanto que uma derrota pode deitar tudo a perder. O mesmo se pode dizer do seu adversário, que sabe que perder pontos neste encontro pode significar o início do fim do sonho.
Com ambas as equipas a dar o tudo por tudo, estaremos perante uma partida emocionante - pelo menos assim o esperamos!

O nosso ponto de vista: O renascimento de D.C., nesta segunda metade de época, mostra uma equipa com alguma qualidade e que vai melhorando de semana a semana. Mesmo não sendo aquilo a que chamaríamos de candidatos ao título (ainda que tudo possa acontecer nos playoffs), este conjunto já mostrou que é capaz de se superiorizar a equipas de maior valor e de obter resultados positivos em terrenos complicados. Tudo parece alinhar-se quase na perfeição para esta equipa, especialmente tendo em conta que estarão consideravelmente mais frescos que o seu adversário.

Montreal chega a este encontro com uma tarefa complicada. Não sendo superiores aos anfitriões e com um registo forasteiro bastante negativo, a situação não parece nada favorável aos canadianos, que, aliás, mostram alguma propensão para cometer alguns erros nas suas linhas mais recuadas.
Mesmo sem grandes ausências a registar, os homens de Rémi Garde terão que trabalhar muito para vencerem este encontro. Missão impossível? Não, de forma alguma, mas não será nada fácil.

Prognóstico: Vitória para a equipa da casa. Reconhecemos que Montreal tem as suas hipóteses, mas o favoritismo está, em grande parte, com os D.C., especialmente se jogadores como Piatti e Taider forem anulados pela defensiva da casa.

Quanto a golos, +2,5 é uma possibilidade, até porque nenhuma das equipas quererá um empate, o que implica procurar a baliza adversária. Para os mais aventureiros, considerar um golo para Acosta ou Mattocks poderá ser algo a ter em conta.

Notas de Interesse
  • D.C. não venceu nenhum dos últimos 5 jogos realizados entre as duas equipas, tendo perdido 3.
  • Em 4 encontros realizados em Washington, Montreal apenas venceu 1, contra 3 da equipa anfitriã. 
  • No geral, em 16 jogos realizados entre ambas as equipas, registam-se 5 vitórias para cada uma.
  • D.C. marca 2,1 golos por cada jogo realizado em casa, sofrendo 1,2.
  • Já Montreal factura 1,1 golos por cada jogo realizado fora de portas, sofrendo 2,1 na mesma situação.

Los Angeles Galaxy vs Vancouver Whitecaps
(30 de Setembro, 03:00 - StubHub Center, Carson, CA)


História principal: Fruto das duas derrotas dos Sounders, uma delas às mãos dos Galaxy - agora orientados por Dominic Kinnear - este encontro pode definir uma variedade de cenários. O que é certo é que nenhuma destas equipas pode perder pontos caso ainda tenha sérias esperanças de atingir os playoffs.
Mais uma partida a acompanhar!

O nosso ponto de vista: Se já conhecemos bem os Whitecaps - quase tão inconsistentes como um tradicional governo português, com a diferença que os Caps não mexem com os impostos - os Galaxy de Dominic Kinnear poderão ser uma espécie de incógnita. Não esperamos ver mudanças extraordinárias da noite para o dia, mesmo considerando que Sigi Schmid já parece estar um pouco para lá do seu tempo, mas existe a possibilidade de esta mudança trazer alguma estabilidade à equipa das estrelas.

Dito isto, é importante reforçar também que os canadianos chegam a este jogo já sem Carl Robinson, tendo este sido demitido após a derrota com Dallas. Se esta situação poderá trazer mais estabilidade aos Whitecaps? Talvez, mas acreditamos que talvez seja demasiado cedo para tal impacto, especialmente se um tal de Zlatan Ibrahimovic tiver algo a dizer em relação ao resultado final deste jogo.

De resto, ambas as equipas chegam a este encontro na máxima força ou próximas disso (Giovanni dos Santos ainda se encontra em dúvida), pelo que deveremos assistir a uma partida interessante.

Prognóstico: Vitória para os Galaxy. Moralizados pela vitória frente a Seattle, os Galaxy partem para este encontro caseiro com considerável favoritismo. Um bom resultado para os Whitecaps é de descartar na totalidade, embora pareça ser uma possibilidade remota.

Relativamente a golos, +2,5 parecem ser quase certos. +3,5 não é algo a descartar na totalidade, considerando os vários resultados destas duas equipas, mas recomenda-se observação da partida antes de arriscar com essa aposta. Zlatan ou Ola Kamara para marcar, ainda que um golo para Kei Kamara também possa ser uma hipótese a ter em conta.

Notas de Interesse
  • Ambos os conjuntos trocaram recentemente de treinador.
  • Nos últimos 5 encontros entre as duas equipas, Vancouver venceu por 2 ocasiões, contra 1 dos Galaxy.
  • No total, em 19 partidas jogadas, os Galaxy venceram por 9 vezes contra 5 dos Whitecaps.
  • Em 8 jogos realizados em Los Angeles, Vancouver apenas venceu por 2 vezes.
  • Como equipa anfitriã, os Galaxy marcam 2,1 golos por jogo, sofrendo 1,6.
  • Como visitantes, os Whitecaps marcam 1,3 golos por jogo, sofrendo 2,3.

New York Red Bulls vs Atlanta United
(30 de Setembro, 18:00 - Red Bull Arena, Harrison, NJ)


História principal: A Supporters' Shield decide-se aqui e agora! Poderia ser este o lema escolhido para esta partida, tal é a importância que tem. Uma vitória da equipa da casa relança os Bulls na corrida pela Shield, deixando-os a apenas 1 ponto de Atlanta. Uma derrota, no entanto, é quase equivalente a oferecer o troféu ao adversário.
Um encontro entre duas das melhores - ou mesmo as duas melhores - equipas da MLS, que promete ser excitante do início ao fim!

O nosso ponto de vista: Duas equipas de qualidade, cada uma com as suas armas, ambas com a possibilidade de sair deste encontro com os 3 pontos na bagagem.

Os Bulls de Chris Armas não são alheios a um jogo mais cauteloso e pragmático, tendo a capacidade de marcar golos quando mais importa. A ausência de Wright-Phillips, no entanto, poderá ser um problema para as ambições do conjunto caseiro, especialmente considerando a magnitude do adversário que terão pela frente.

Atlanta virá a Nova Iorque com um resultado em mente: vencer. Embora um empate não represente um resultado negativo - pelo menos nesta situação - é de duvidar que Tata Martino esteja a delinear um plano para manter o nulo no marcador. Atlanta deverá, como é seu costume em jogos fora de casa, jogar de forma mais pragmática e conservadora, mas tentando não permitir que o seu adversário controle os acontecimentos.
Ao contrário dos Red Bulls, Atlanta poderá contar com os serviços do seu principal artilheiro, embora isso não seja, só por si, garantia de vitória.

Como ficará a corrida pela Supporters' Shield? Saberemos após acompanharmos esta partida, uma excelente recomendação de entretenimento para um fim de tarde de domingo.

Prognóstico: O favoritismo pende ligeiramente para os Red Bulls, muito devido ao factor casa. Removendo esse factor da equação, esta partida pode pender para qualquer um dos lados, pelo que recomendamos atenção ao encontro. Live-betting será o ideal para este jogo, até mesmo no que diz respeito a golos, ainda que apostar num tento de Martínez ou Almirón poderá ser uma boa opção.

Notas de Interesse
  • Com um registo de 12V-2D-1E, os Bulls são a equipa que melhor desempenho tem em jogos realizados em casa, a par com NYCFC.
  • Em contraste, Atlanta é a equipa que melhor desempenho evidencia em jogos realizados fora de casa (10V-3D-2E)
  • Em casa, os Bulls marcam 2,2 golos por encontro, sofrendo 0,7.
  • Na condição de vistante, Atlanta marca 1,8 golos por jogo, sofrendo 1,3.
  • Em 3 encontros realizados entre as duas equipas, os Bulls venceram por 2 vezes, sendo que Atlanta ainda não sabe o que é vencer este conjunto.
  • No único jogo disputado neste estádio, o resultado foi um empate a zero.



27 de setembro de 2018

Previsão de Época: Houston Rockets

A nossa viagem pelo Oeste dos Estados Unidos continua. A Califórnia foi boa mas pelos vistos esquecemo-nos de qualquer coisa no Texas. Parece que o azar toca a todos porque não fomos os únicos a perder algo. Houston (Rockets), we've got a problem!



"Chris Paul e James Harden juntos? Isso nunca vai resultar" Quantas foram as pessoas a dizer isto? Durante meses, analistas, comentadores e adeptos de todo o tipo deram a sua opinião naquela que foi uma decisão ousada da direção dos Houston Rockets. O primeiro jogo da época viu este duo a vencer os campeões e mega-favoritos Warriors. A dúvida mantinha-se. "Era só um jogo" diziam as mesmas pessoas que questionaram a decisão desde o início. Chris Paul iria contrair uma lesão logo após esse jogo e ficaria ausente por um tempo considerável. Durante a sua paragem, os Rockets seguiam com um sucesso tremendo. A fórmula da época anterior de James Harden a liderar a equipa da posição de base era reutilizada e os Rockets iam de vento em poupa. Eis que Chris Paul voltou e a dúvida ainda pairava. Rapidamente todos esses pontos de interrogação desapareceram. Com CP3, "The Beard" e companhia, os Rockets jogaram um basquetebol absolutamente revolucionário, mudando tudo antes visto num campo da NBA. Lançamentos de meia distância tornaram-se virtualmente proibidos. Lançamentos apenas seriam debaixo do cesto ou da linha de 3 pontos. Chegávamos a meio da época com uma quantidade ridícula de lançamentos de 3 pontos. O duo conseguia coabitar no backcourt, Ariza primava pela sua defesa e capacidade de tiro exterior, PJ Tucker agarrou a posição de Power Forward ao fazer exatamente o mesmo e Capela florescia com o serviço prestado pelos dois All-Stars. Acabariam o ano a obliterar o recorde de triplos tentados e convertidos e ao contrário da opinião dos especialistas, acabavam a temporada regular no primeiro lugar da conferência, à frente dos temidos Golden State Warriors.
A primeira ronda ditou um confronto curioso, contra os Timberwolves que estavam há 14 anos sem "Playoff Basketball". A instabilidade da equipa do Norte dos EUA e a qualidade e o sistema de jogo dos Rockets vieram ao de cima e Houston ganhava em 5 jogos.
A segunda ronda adivinhava-se complicada. Houston encontrava os Utah Jazz pela frente, uma equipa que tinha o melhor registo da liga após a pausa do fim-de-semana All-Star. Desde o retorno de Rudy Gobert que os Jazz eram a melhor defesa da liga e o rookie Donovan Mitchell estava numa forma assustadora. No entanto, o matchup com a equipa dos Rockets não era o melhor. Com o seu sistema baseado no jogo exterior, o domínio de garrafão do francês Gobert tornou-se praticamente nulo e assim Houston passava, mais uma vez em 5 jogos, à final de conferência.
As finais de conferência ditaram o confronto mais esperado do ano: Houston Rockets vs Golden State Warriors. Como já foi mencionado no artigo dos Warriors, cada jogo teve a sua própria história. Os Warriors venciam o jogo 1 com alguma facilidade mas os Rockets ripostariam com uma larga vitória no jogo 2. Golden State responderia na mesma moeda com um autêntico blowout no jogo 3. Os jogos 4 e 5 foram o melhor desta série. Em jogos extremamente renhidos, os Rockets levaram de vencidos os Warriors em ambas as ocasiões. Os Deuses do basquetebol, no entanto, não foram simpáticos para os texanos já que Chris Paul acabaria o jogo 5 lesionado e não voltaria à série. A partir daí já não seria um confronto de poderes equiparáveis. Golden State venceria confortavelmente os últimos dois jogos e seguiriam para as finais onde viriam a ser campeões.



Não devo ser o único a ter ouvido os meus familiares a dizer para fechar a porta e que estavam fartos de ver gente a entrar e a sair. Ora se o meu pai fosse o dono dos Rockets toda a gente lá ia passar mal, mas não é. Por isso este verão ditou muitas entradas e saídas na equipa de Houston.
Há saídas muito significativas na primeira seed do Oeste. Daryl Morey mostra mais uma vez que é um craque das negociações e consegue despachar o enorme contrato de Ryan Anderson. Tarik Black e RJ Hunter, dois "jovens" que estiveram um ano a tentar entrar na rotação acabam por sair, Black para a Europa e Hunter para os Hawks. O lançador de lances livres "à padeiro", Chinanu Onuaku, sai para os Trail Blazers sem nunca ter dado um verdadeiro contributo à equipa texana. Joe Johnson sai meses depois de ter escolhido os Rockets como a equipa onde competiria por um campeonato após ter jogado muito pouco. Por fim, as duas baixas mais importantes. Primeiro, Luc Mbah a Moute, um autêntico tapa buracos na última temporada que primava pela sua defesa e melhorada capacidade de tiro exterior. Sai também o titular Trevor Ariza, um jogador que era absolutamente fundamental na equipa com a sua defesa sufocante e capacidade de lançamento de longa distância. Ariza acaba por receber um contrato chorudo depois de ter sido terrível na série contra os Warriors. Será uma baixa importantíssima na equipa.
Ora se houve muitas saídas, há ainda mais entradas. O "Kevin Durant brasileiro", Bruno Caboclo, chega depois de ter sido dispensado pelos Kings. Michael Carter-Williams chega sem se perceber bem porquê. É dos jogadores da liga que menos sentido faz neste sistema. Marquese Chriss e Brandon Knight chegam na troca que mandou Ryan Anderson embora. Chriss é um jovem cheio de potencial que é limitado apenas por ele mesmo, Knight não joga há dois anos e não se sabe que jogador poderemos ver quando este voltar. Vincent Edwards é a escolha de segunda ronda da equipa e o alemão Isaiah Hartenstein fará parte do plantel depois de ter sido escolhido no Draft de 2017. James Ennis chega de Detroit e poderá ser uma boa peça para esta equipa. Por fim, a preço de saldo, Carmelo Anthony é finalmente um Rocket e junta-se ao seu melhor amigo, Chris Paul.


Opinião

Confesso que não percebo minimamente o que se passou com a direção dos Rockets para fazerem decisões tão descabidas no que toca a movimentações. Parece mesmo que foi uma questão de quantidade ao invés de qualidade. Grande parte dos atletas contratados este verão não encaixam minimamente no sistema de D'Antoni. O ex-treinador do ano prima pelo ataque mas ano passado vimos algo diferente, uma equipa que também defendia, muito fruto da qualidade dos jogadores nessa vertente. As adições à equipa simplesmente não fazem sentido.
Caboclo, Edwards e Hartenstein pouco deverão jogar. Michael Carter-Williams é o PIOR jogador da liga para este sistema. O seu lançamento está simplesmente estragado. Marquese Chriss tem vindo a ser um problema de balneário, e mesmo que não fosse não é um jogador que encaixe muito bem na equipa dos Rockets. A ver se há melhorias no seu jogo exterior. Brandon Knight, ainda que os Rockets precisem de um base suplente é uma incógnita. Era um base titular sólido e extremamente útil mas a verdade é que está há dois anos parado. Não sabemos o que sairá daqui. Por fim, Carmelo Anthony que se rejeita a não ser o protagonista de uma equipa e tem causado mau ambiente nos últimos anos. Como o substituo direto de Ariza não consigo não ver isto como um erro. É dos jogadores que mais lança de meia distância, algo muito raro na equipa dos Rockets. A sua defesa é praticamente nula e precisa de muita bola nas mãos. Estando numa equipa com Paul e Harden isso será extremamente complicado. No meio de toda esta confusão, o que se aproveita é James Ennis que defende, é duro e é aceitável de longa distância sendo que deverá ser melhor com os lançamentos abertos que terá como Rocket.
O 5 titular mantém-se intacto à parte de Melo. Chris Paul assinou um max-contract e será um Rocket para os próximos quatro anos. Harden mantém-se como a estrela da equipa depois do seu ano de MVP, PJ Tucker é o jogador perfeita para a posição 4 dos Rockets e deverá manter-se titular. Capela está agora amarrado à equipa num contrato com duração de 4 anos também e deverá continuar o seu crescimento ainda que a um ritmo mais lento, tendo em conta o sucesso que foi a última época.
Do banco há a certeza de que Eric Gordon vai dar um enorme contributo, ainda que se esteja a equacionar a possibilidade de este saltar para o 5 titular e Carmelo Anthony ser o novo 6th man da equipa. Gerald Green deverá ter bons minutos fruto das boas prestações que teve na época transata. Os minutos de Nené deverão ser mais escassos ainda que, certamente, terá algo a dar à equipa. Os reforços Marquese Chriss e James Ennis deverão contribuir de alguma maneira. Veremos como voltará Brandon Knight dado que poderá ser um jogador muito importante vindo do banco.
É difícil dizer que será uma época de tanto sucesso como no ano passado. Penso que os Warriors são uma certeza no primeiro lugar, contando que nenhuma grande lesão afete a equipa. Quanto aos Rockets, prevejo um segundo ou talvez terceiro lugar na conferência (mais sobre isto numa futura análise a outra equipa).

26 de setembro de 2018

Previsão de Época: Golden State Warriors

California Love! Depois de muitos dias no Este e de passagens pelo Texas e as montanhas do Colorado chegamos finalmente às boas praias do continente americano. E chegamos ainda em festa, não fosse o tema de conversa de hoje os campeões em título, Golden State Warriors.


Até o mais desatento adepto de basquetebol está a par dos feitos recentes desta equipa. O terceiro título em 4 épocas veio confirmar o esperado: estes Golden State Warriors são oficialmente uma dinastia.
Há um ano atrás era expectável o mais óbvio dos desfechos, mais um título para os Golden State Warriors. O seu quarteto de All-Stars havia-se mantido intacto e não havia qualquer razão para esperar algo que não fosse os Warriors a "passear" pelo país e a colecionar vitórias. Ainda que se tivessem mantidos confortáveis, a história teve alguns percalços pelo meio, a começar por uma derrota na noite de abertura para uma equipa que viria a ser (temporariamente) melhor que os homens da "Bay Area". Enquanto que todo o mundo apostava dinheiro nos Warriors para terminarem a temporada regular no topo da NBA e, consequentemente, em primeiro na conferência Oeste, os Houston Rockets jogavam um basquetebol revolucionário e mantinham-se a uma distância confortável dos campeões. No entanto, o estado de preocupação de Curry e companhia não estava nem sequer perto do nível de urgência que a imprensa lhes impunha.
Ainda que Curry, Durant, Green, Klay Thompson e até Andre Iguodala passassem bastante tempo no departamento médico, nunca todos se lesionavam ao mesmo tempo. Isto refletiu-se em algumas derrotas surpreendentes mas nada que causasse o pânico em Oakland. Os Rockets terminavam a temporada regular à frente de Golden State e os média espalhavam o caos e publicitavam um possível encontro nos Playoffs que poderia ditar a queda do reinado corrente.
Os Warriors chegavam então aos Playoffs onde meteram uma nova mudança. Agora era a sério. Ainda que sem Steph Curry, os campeões derrotavam os Spurs em 5 jogos onde nem Gregg Popovich conseguiu limitar o jogo acelerado dos favoritos ao título.
Seguiu-se uma série com New Orleans onde se esperava que Anthony Davis desse muito trabalho aos homens de Golden State. Os Pelicans simplesmente não conseguiram lidar com os matchups impostos pelos Warriors e Kevin Durant fez gato sapato da equipa da "Big Easy". Warriors em 5 novamente.
Chegávamos então à série mais esperada do ano. Os campeões e ainda favoritos Golden State Warriors contra a nova marca revolucionária de basquetebol, os Houston Rockets. Admito que foi uma série quase perfeita. Cada jogo parecia dar um rumo diferente à série. No primeiro, com uma vitória confortável, parecia mais uma série fácil para GSW. Os Rockets ripostavam com uma vitória enorme enquanto que os Warriors lhes davam o troco no jogo 3. A série chegava ao seu ápice nos jogos 4 e 5 já que os Rockets mostravam de que raça eram com vitórias curtíssimas em ambos os jogos. Estava mesmo para acabar o domínio azul e dourado... até que Chris Paul foi abaixo. Após a lesão nunca mais foi um confronto justo (até porque nem os árbitro ajudaram). O fim de uma era esteve a uma vitória de acontecer, no entanto, Golden State venceriam os jogos 6 e 7 e ganhavam nova passagem para as finais.
As finais seriam mais daquilo de que já ninguém pode ver, Golden State Warriors vs Cleveland Cavaliers. O jogo 1 foi deveras surpreendente com LeBron James a ter uma das melhores prestações da história das finais e com JR Smith a ter um dos maiores lapsos de sempre ao esquecer-se do resultado do jogo. Os Warriors ganhariam esse jogo e os próximos 3 com Kevin Durant a mostrar que é toda outra besta nas finais e que esta rivalidade já cheira mal. A coroação da época daquela que é, na minha opinião, a melhor equipa de sempre.


"The rich get richer". É algo que ouvem os vossos familiares a dizer em relação a assuntos políticos ou quando a Apple lança um novo produto mas pode, também, ser aplicado aos Golden State Warriors e ao verão que estes tiveram.
É relevante relembrar que acabam por perder algumas peças importantes na sua rotação. Patrick McCaw, depois daquela lesão muito feia, acaba o seu contrato e é Free Agent ainda em recuperação. Penso que seria fácil arranjar uma equipa numa situação normal mas a sua condição física pode fazer da vida dele bem complicada no que toca a arranjar alocação. Há também a saída de dois dos Centers da equipa, algo que se adivinhava com a evolução notória de Jordan Bell. JaVale McGee sai com a sua imagem renovada e dois anéis depois de ter entrado na equipa como um autêntico meme. Zaza Pachulia sai como o jogador mais odiado da NBA, graças ao episódio com Kawhi Leonard em 2017, mas também com 2 anéis. David West, depois de um fim de carreira em que foi também um caça-anéis, reforma-se como bicampeão naquela que foi uma bela carreira. Por fim, o fan favorite, "Swaggy P" Nick Young é também Free Agent.
Quanto às entradas... vocês já me viram a reclamar sobre isto. Com a sua escolha de primeira ronda no Draft deste ano, Jacob Evans junta-se de imediato a uma equipa candidata. Numa das movimentações mais subvalorizadas desta Free Agency, Jonas Jerebko junta-se ao Warriors onde vai encaixar perfeitamente e possivelmente jogará muito tempo a Center. Por fim... DeMarcus Cousins. Sim, para quem vive debaixo de uma pedra, é mesmo verdade. Um dos melhores postes da liga é agora um Warrior. Para quem ainda tinha dúvidas, temos agora o melhor 5 titular da história da liga, com uma longa distância para todos os outros.

Opinião

Parabéns aos campeões da NBA de 2019, os Golden State Warriors!
Fora de brincadeiras, esta equipa é absolutamente absurda a nível de talento. Steph Curry é um jogador revolucionário que mudou a liga por si só. Até mais que LeBron é o atleta que os jovens que praticam a modalidade tentam emular. A sua capacidade de longa distância fica para a história e a única coisa que o fez abrandar foi adicionar mais um craque à sua equipa. Klay Thompson, a mesma coisa em relação ao lançamento. O segundo melhor lançador de sempre apenas atrás do seu parceiro no backcourt (desculpa Ray Allen, não há volta a dar). Raramente tem a bola nas mãos e quando esta lá chega está automaticamente a sair para entrar nas redes. A esta capacidade de lançamento ridícula junta-se uma defesa que tem vindo a melhorar de ano para ano e é agora das melhores da liga em termos de perímetro. Kevin Durant é o segundo melhor jogador do mundo. É o scorer mais versátil de sempre, tentem convencer-me do contrário. Aliás, desafio os meus leitores a dizerem-me qual a maior falha no seu jogo. Draymond Green é a chave desta equipa. Não há literalmente nada que ele não faça. É quem mais faz jogar e a par de Durant o que mais defende. Tem sido constantemente dos grandes nomes da liga no que toca a defesa. A estes junta-se DeMarcus Cousins. Um dos melhores postes da liga. Se o grande defeito dos Warriors era o jogo interior conseguem aqui o melhor jogador interior da liga, estando saudável. Mesmo que volte 50% do jogador que era os Warriors ficam a ganhar.
O próprio banco é excelente. Shaun Livingston é uma garantia de qualidade a vir da segunda unidade com excelente criatividade e um jogo de meia distância exemplar. É daqueles que faz o que sabe e não precisa de mais. Jonas Jerebko vai encaixar na equipa como uma luva. Vai esticar o jogo e pode trocar com qualquer membro do frontcourt na defesa. Jordan Bell deverá continuar o seu crescimento e é uma injeção de energia. Por fim, o líder da segunda unidade que está sempre lá quando está os jogos estão mais apertados, Andre Iguodala. É dos melhores defesas de perímetro das últimas duas décadas e poderia ser titular na grande parte das equipas da liga mas escolhe ganhar anéis.
Qualquer um dos membros do 5 titular consegue lançar e quase todos conseguem defender várias posições o que leva a trocas na defesa e correspondências com as quais os adversários não vão conseguir lidar. Obviamente que a expetativa para esta equipa é que saia da conferência em primeiro lugar e que acabe por ganhar sem nunca suar muito.

25 de setembro de 2018

Previsão de Época: Detroit Pistons

Depois de uma estadia curtíssima na conferência Oeste voltamos para o lado direito dos Estados Unidos da América. Como já dizia Eminem "Yo everybody from the 313 put your *bip* hands up and follow me". O código postal não me deixa mentir e hoje falamos sobre os Detroit Pistons.




Está a fazer um ano que os Pistons eram vistos que uma "quase-certeza" nos Playoffs. O verão de 2017 foi um de trabalho para estes que viram entrar um dos melhores defesas de perímetro da liga, Avery Bradley. Este seria o impulso que se pensava ser o que fizesse os Pistons dar o próximo passo. Reggie Jackson era então visto como um sólido base titular na liga. Esperava-se que Stanley Johnson crescesse com a equipa. Tobias Harris é um daqueles jogadores com quem se pode sempre contar e está em constante melhoria. Drummond é a estrela da equipa e um autêntico monstro de garrafão. Ao fazer um defesa de elite entrar para este 5 titular julgava-se que o mínimo era mesmo uma ida aos Playoffs, ainda que apresentassem um banco algo fraco.
A época começou surpreendentemente bem para os Pistons que ganhavam jogos liderados por um Tobias Harris a todo o gás. A certa altura estiveram mesmo no topo da conferência com os Orlando Magic (juro que isto não é brincadeira). Nos primeiros 20 jogos da temporada passada a equipa da "Motor City" foi das melhores da liga com um excelente registo de 14-6. A partir daí começaram os problemas. Depois de uma série de 8 jogos a perder, Detroit nunca mais voltou à boa forma. Daí para a frente haveria uma alternância entre várias derrotas seguidas ou inconsistência de resultados.
Esta onda de inconsistência obrigou a direção a tomar medidas. Medidas essas que podem estragar o futuro da equipa porque num negócio de suicídio económico, os Pistons mandaram Avery Bradley, Tobias Harris, Boban Marjanovic e duas escolhas no Draft (uma de primeira e outra de segunda ronda) para LA numa troca em que o retorno foi Willie Reed, Brice Johnson e o altamente cotado Blake Griffin.
Nos 25 jogos que fez pelos Pistons, Griffin não conseguiu evitar o fracasso que foi a época da equipa.
Os Pistons acabariam por ficar um lugar abaixo do último que daria acesso aos Playoffs.




Depois de uma época tão instável, seria de esperar que houvessem muitas entradas e saídas em Detroit mas esse não foi o caso. Apenas duas saídas, de dois homens que tinham o seu estatuto e lugar na rotação do conjunto. James Ennis sai para Houston onde poderá ser uma boa peça para o sistema de D'Antoni. Anthony Tolliver volta aos Minnesota Timberwolves ainda que não faltasse muito para ter jogado em todas as equipas da liga.
O Draft trouxe duas caras novas para Detroit. A escolha de primeira ronda, Bruce Brown, que promete lutar por minutos, e também um atleta com nome de craque de marca branca, Khyri Thomas. Os Pistons contam agora também com 3 veteranos. Glen Robinson III chega para competir com Stanley Johnson para o lugar de Small Forward, Calderon dá experiência e sabedoria à equipa ainda que chegue para ser o terceiro base atrás de Reggie Jackson e Ish Smith. Por fim, calibre de campeonato na forma do veterano Zaza Pachulia.
A grande adição à organização foi mesmo na equipa técnica. Stan Van Gundy sai e no seu lugar fica o atual treinador do ano, Dwayne Casey. A ver o que poderá trazer em Detroit.


Opinião

Os Pistons são aquela pessoa que até anda no mesmo meio que vocês mas que é difícil clicar com ela. É simplesmente desinteressante e sabemos que nunca vai passar daquilo. Essas equipas são necessárias na NBA mas chegar a um estado em que tudo aquilo por que se luta é ir aos Playoffs e levar uma vassourada é só triste. Reggie Jackson é um base titular que não justifica a sua escolha. É extremamente ineficiente e a sua produção não justifica o seu ego. Reggie Bullock foi dos poucos aspetos positivos da última temporada dos Pistons, uma boa surpresa. Ainda que o seu contributo ofensivo seja algo limitado, um espetador atento sabe que este vai dar tudo na defesa e ser uma mais valia. Trata-se de um jogador em ascensão que tem vindo a ser bastante subvalorizado. Stanley Johnson por outro lado continua a ser uma decepção. Tem todas as condições para ser um ótimo jogador, especialmente do lado defensivo. No entanto, tem um ego do tamanho do mundo. Nem com o ex-treinador a chama-lo à atenção várias vezes em público ele tentou mudar. Poderá evoluir com Dwayne Casey mas sem mudar o mindset não conseguirá nenhuma melhoria. O dois da frente são a força que deverá arrastar a equipa. Não há qualquer tipo de dúvida acerca do talento e qualidade de Blake Griffin. A sua saúde tem sido o seu único problema. Drummond acaba de sair da melhor época da sua carreira e tem estado em constante melhoria. Será este o ano em que o vemos a lançar? O sucesso desta equipa deverá depender muito de como estes dois conectam. É importante que Blake consigo esticar o jogo e tem vindo a melhorar essa vertente. Drummond tem apenas que fazer o seu jogo interno.
Ainda que se espere um bom crescimento da parte de Luke Kennard e Henry Ellenson, o banco é extremamente fraco. Está, com certeza, entre os piores de toda a liga. A falta de profundidade é tremenda.
Acabo o artigo da mesma maneira que comecei. É fácil prever o que os Pistons vão fazer durante a temporada. Estarão na luta pelos Playoffs durante toda a época regular e dependendo do quão ocupado o departamento médico vai estar podem, ou não, ter sucesso no seu objetivo. Diria que tendo Blake Griffin saudável durante 60 jogos deverão conseguir atingir os Playoffs, no entanto, é bem provável que isso não aconteça. Por enquanto, vou acreditar e dizer que sim, não excluindo a possibilidade de ver os Detroit Pistons a mexer na equipa até Fevereiro.