Neymar negoceia com o Real Madrid numa transferência que poderá rondar os 260M de €.
Numa altura em que o Real Madrid poderá cimentar o seu domínio na principal competição da UEFA, com uma possível 3ª conquista consecutiva (todas na era Zidane), também se criam expetativas sobre o futuro de uma equipa cujo núcleo duro não durará uma eternidade. No final da temporada, Cristiano Ronaldo, Sérgio Ramos, Marcelo, Modric e Benzema estarão todos eles na casa dos 30 anos. É verdade que a qualidade continua intacta e que está criado um sistema perfeitamente enraizado onde todos eles parecem ter encontrado o seu propósito, mas o futebol vive de evolução e, a dado momento, até os melhores terão de se transformar a si próprios.
Parte da solução terá sempre de passar por trazer "sangue novo" e é aqui que entra Neymar da Silva Santos Júnior. Apesar de alguma discussão, as opiniões assemelham-se na hora de atribuir-lhe o papel de principal sucessor ao domínio criado por Lionel Messi e Cristiano Ronaldo no panorama individual. Cansado de viver na sombra do argentino, a passagem pelo PSG não terá sido apenas para confirmar o seu estatuto de estrela, mas também uma forma de ingressar nos blancos que dificilmente se concretizaria de outra forma.
Hoje em dia, já ninguém duvida que a aposta em Gareth Bale se revelou claramente falhada e o próprio deve estar de malas feitas para outras aventuras. Por outro lado, Neymar é exatamente aquilo a que eu chamo de "jogador à Real Madrid" - um atleta que além da sua natural e reconhecida qualidade, se destaca pelo seu carisma, postura high profile e consequente capacidade para mover uma geração inteira. Além disso, e razão pela qual os milhões nunca terem sido um problema para o colosso da capital espanhola, caso se confirme a transferência, os mesmos serão rapidamente repostos, tamanha é a magnitude de cartadas de marketing que abraçarão a ocasião.
Uma coisa parece certa, o futebol enquanto negócio continua a progredir de forma descontrolada para números astronómicos e os protagonistas/responsáveis teimam em não parar por aqui. Conseguirá Neymar elevar os sucessos do clube encabeçados pelo craque português nos últimos 9 anos? Irão os dois jogadores coexistir de forma pacífica ou ainda é cedo para Ronaldo ceder o protagonismo? Será certamente um novo capítulo a não perder.
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