30 de junho de 2018

ANTEVISÃO: França x Argentina | Uruguai x Portugal


França e Argentina vão protagonizar aquele que é, em teoria, o melhor jogo destes Oitavos de Final. O encontro está marcado para as 15h deste sábado (dia 30), em Kazan.


História principal: A Seleção francesa, à partida para este Mundial, era uma das mais "temíveis", não só pelas suas individualidades, mas também pelo próprio jogo em equipa. Ainda assim, aquilo que se tem visto é um conjunto cansado, lento, com dificuldades em criar chances de perigo e sem aquele poder de explosão e objetividade tão característicos. Caso consigam recuperar a sua identidade, parece-nos que a eliminatória ficará resolvida desde cedo. Por seu lado, a Argentina continua a apresentar exibições sofríveis, dificuldades em circular a bola e defensivamente muito débil. Só um "super Messi" e uma mudança muito radical na postura dos argentinos poderá causar algum tipo de dissabor à turma de Deschamps.

O nosso ponto de vista: A França irá marcar a sua superioridade no campo. Acreditamos que os pontos negativos que destacamos serão, em boa parte, fruto de uma gestão de esforço para que o plantel se possa exibir ao melhor nível na fase "a doer". Espera-se que aumentem o ritmo de jogo, não só porque a ocasião o obriga, mas também porque o adversário o irá "provocar". Num segundo momento, a estratégia passará por surpreender a Alviceleste no contra ataque, situação que se poderá verificar de forma mais evidente em virtude da projeção ofensiva dos sul americanos. Estes segundos irão ter bastantes dificuldades em ligar as linhas no último terço e isso pode causar demasiados desequilíbrios no setor mais recuado.

Prognóstico: Ainda que, nesta fase, exista uma cautela ainda maior e as equipas tendam a ser mais calculistas na hora de partirem "desenfreadas" para o ataque, parece-nos que esta partida terá mais de 1,5 golos. Nunca podemos, também, descartar a possibilidade de ambas marcarem porque, mesmo estando a Argentina uns furos abaixo do seu adversário, um rasgo individual de Messi e/ou as bolas paradas podem causar alguns dissabores. Estamos confiantes que a França irá garantir a passagem aos Quartos dentro dos 90 minutos e que será um desafio "durinho", com +2,5 cartões amarelos. Ainda para quem aposta na 1XBet: Mercado "Jogadores, Especial,  Total. Estatísticas de Jogadores" - Griezmann/Messi total +0,5 golos.


Portugal acabou por perder o 1º lugar do grupo já nos últimos minutos, para a rival Espanha, e calhou-lhe em "sorte" o Uruguai como próximo alvo a "abater". O embate será em Sochi e está agendado para as 19h deste sábado (dia 30).


História principal: A grande dúvida passa por perceber que equipas entrarão em campo para este desafio. Será aquele Portugal que se viu na abertura do Mundial, ou aquele que sofreu de forma surpreendente ante Marrocos e Irão? Será um Uruguai mais contido e parecido à Seleção das Quinas, ou um Uruguai mais atrevido como aquele que encarou a Rússia no 1º tempo? De qualquer das formas, e mesmo estando perante uma incógnita, o fator chave passará pela forma como a organização portuguesa irá travar ou não a conexão entre o forte ataque uruguaio - Suárez e Cavani - e um meio campo também ele muito "ousado", onde Arrascaeta e Betancur são as principais figuras.

O nosso ponto de vista: Apesar de não se expectar uma mudança muito radical, é provável que Portugal se "transforme" de alguma forma para esta partida - um pouco semelhante àquele que vimos contra os espanhóis. Se, por um lado, o facto do Uruguai jogar a um ritmo mais lento poder vir a ser uma vantagem para a nossa Seleção, por outro, os sul americanos são conhecidos pela sua raça e determinação e nunca "venderão" barata a sua eliminação. Tudo dependerá da forma como ambos os conjuntos encarem o decorrer da partida, mas parece-nos que iremos passar por fases de grande aperto e de enorme pressão exercidos por parte dos uruguaios. Será essencial conseguir ligar o meio campo e o ataque, com Cristiano Ronaldo a recuar no terreno para "arrastar" Godín e companhia e lançar os seus companheiros para transições rápidas.

Prognóstico: Este é daqueles jogos a que chamamos de "hipótese tripla" porque simplesmente não é possível prever um vencedor. No entanto, será uma ótima oportunidade para apostar em LIVE e, com odds sempre altas, uma boa leitura dos vários momentos do jogo pode render bom dinheiro. Não seria nada de estranhar que a passagem à próxima eliminatória fosse decidida apenas em prolongamento ou mesmo nas grandes penalidades. Empate ao intervalo e -2,5 golos parecem ser os melhores mercados a explorar em pré-jogo.

29 de junho de 2018

MLS Antevisão - 1 de Julho

Bem-vindos, mais uma vez, às terras do Tio Sam, um lugar onde, apesar de muitos terem dificuldade em acreditar, também se chuta a redondinha com algum encanto! Como já se tornou hábito, trazemos mais uma dose de antevisões para esta nova jornada, com especial destaque para um duelo que faz ferver os ânimos. Falo-vos, claro, do... 


Seattle Sounders vs Portland Timbers (30 de Junho, 21h30)




Duas equipas em momentos de forma consideravelmente distintos, mas que não deixarão de comer relva para tentarem desfeitear-se mutuamente. Mais do que 3 pontos, a defesa da honra está em jogo entre estas duas equipas, tal é a sua rivalidade.

Os Sounders, sendo os senhorios do castelo onde vai decorrer a batalha, tentarão vencer e usar a vitória como um trampolim para inverter aquilo que tem sido uma época abismal, marcada por um ataque extremamente fraco. A tarefa não se afigura fácil, apesar da teórica vantagem caseira, pois a equipa continua sem fio de jogo e estratégia definida, quase como quem planeia cada jogo em cima da hora. A falta de coesão entre os sectores da equipa acaba por fazer com que esta acabe constantemente perdida em campo e a correr atrás do prejuízo. Antevê-se uns Sounders sem solução para os seus problemas mas, certamente, plenos de espírito, pois o adversário não é para menos.

Do lado da equipa do Beaver State, encontra-se aquilo que é o oposto dos Sounders da actual edição da MLS. O arranque de época dos Timbers foi tudo menos auspicioso, no entanto, acabaram por afastar os seus fantasmas e lograram tornar-se uma equipa regular, sendo que não sofreram nenhuma derrota nos seus últimos nove confrontos. Embora as suas últimas três disputas tenham resultado em empate, são uma equipa capaz de fazer estragos em defesas fechadas, muito por culpa de nomes como Blanco e Valeri (ex-FC Porto), sendo que este último é um fan-favourite dos adeptos dos Timbers. Aliada à capacidade criativa e excelente qualidade de passe do seu meio campo, está o equilibro da equipa de Portland, que joga de forma compacta, acabando por causar dificuldades aos seus adversários quando estes pretendem abrir espaços – Atlanta, uma das equipas mais fortes da corrente época, que o diga.

Podemos, certamente, esperar uns Timbers com vontade de vencer mais uma partida frente aos seus rivais , especialmente se isso envolver estragar a festa aos adeptos da casa. Será que é desta que quebram a maldição e serram os Sounders em dois?

Prognóstico: É impossível não mencionar que os Sounders permanecem invictos no seu reduto, pelo menos no que diz respeito a jogos da Cascadia Cup frente aos Timbers. No entanto, nunca antes se viu Portland numa clara posição de superioridade perante os Sounders, pelo menos em teoria. Assim sendo, e embora seja sempre arriscado apostar contra a equipa de Seattle quando esta joga em casa, antevemos uma vitória dos forasteiros, possivelmente por dois ou mais golos. Não se deve descartar, no entanto, a possibilidade de os Sounders fazerem o gosto ao pé pelo menos uma vez, pois o que falta em fio de jogo estará presente em coração.

Notas de interesse

  • Na eventualidade de conseguir marcar um golo, Clint Dempsey tornar-se-à o melhor marcador de sempre da história dos Seattle Sounders na época regular. Leva 9 golos em 11 jogos contra os Timbers.
  • Portland nunca empatou mais do que três jogos consecutivos numa edição da MLS.

New England Revolution vs D.C. United (1 de Julho, 00h30)



Neste jogo, a equipa da Nova Inglaterra recebe um dos seus velhos conhecidos, o D.C. United, que continua à procura de um caminho para fora da tempestade que atravessa.

Se a equipa forasteira já foi aqui analisada, havendo pouco mais a dizer sobre o conjunto da capital, os anfitriões são um conjunto um tanto diferente. Embora não sendo uma equipa candidata a altos voos durante a época regular, os Revs, sob a orientação de Brad Friedel, são uma equipa bastante rematadora e que pode ser uma ameaça complicada com a sua linha ofensiva, tendo Teal Bunbury como goleador-chefe, com nove golos em dezasseis partidas. No entanto, New England não é apenas Bunbury. Se D.C. planeia parar a turma de Foxborough, terá que pensar em como irá anular Penilla e Fagundez, reis das assistências do seu adversário, sendo que este último também possui bastante aptidão para finalizar jogadas. Algo que os capitals poderão aproveitar será a menos boa linha defensiva do seu rival. Se o poder do bloco atacante da equipa de New England pode tornar-se, em certas circunstâncias, difícil de quebrar, o mesmo não se pode dizer da sua defesa, sendo esta bastante permissiva. Isto é, aliás, a principal razão pela qual a equipa se vê apenas num quinto lugar na sua conferência.

De resto, será de esperar uma equipa dos Revolution com vontade de vencer este jogo em casa, frescos após Brad Friedel ter concedido alguns dias de folga ao seu plantel. Tentarão, certamente, aproveitar a má época do seu oponente, que, além de necessitar urgentemente de melhorar o seu registo, vem de uma derrota frente ao Orlando City, em jogo a contar para a Open Cup Americana, decidido através do desempate por grandes penalidades.

Prognóstico: Vitória para a equipa da casa. New England não perde há cinco encontros e quererá manter esse registo, e fará, certamente, por marcar mais do que um golo. Já do lado do D.C. United, mantém-se o que já foi referido anteriormente: não parecem uma equipa capaz de ameaçar os seus adversários – possuem alguma qualidade, especialmente em potencial, mas a equipa dificilmente arrancará para melhores lugares enquanto algumas contratações cirúrgicas não forem feitas.

Notas de interesse

  • Wayne Rooney confirmado como reforço da equipa de Washington. Poderá ser este o primeiro dos reforços que esta equipa precisa?
  • Apesar do mau momento, há oito jogos que a equipa da capital não conhece o sabor da derrota frente ao New England Revolution.
  • Nos últimos cinco encontros, os Revs obtiveram uma média de 1.8 golos por jogo, tornando-os no quinto melhor ataque da MLS. Apesar disso, quatro desses encontros terminaram com um empate.

Montréal Impact vs Sporting Kansas City (1 de Julho, 00h00)



Mais uma equipa canadiana, mais uma equipa que parece precisar de um mapa para se encontrar em campo, especialmente a nível defensivo. No entanto, ao contrário do seu rival regional, a equipa de Montréal não possui grandes argumentos para ser candidata a fazer uma época tranquila, quanto mais aspirar a um lugar nos playoffs. O seu jogo é fácil de resumir, sendo que passa quase na totalidade por Ignacio Piatti, o seu melhor rematador, marcador e líder de assistências. Embora a experiência de Busch faça alguma diferença entre os postes e ainda seja necessário considerar Vargas e Alejandro Silva, é complicado pedir a uma equipa que parece depender imenso de um jogador, que consiga obter resultados consistentes e dignos de uma época sem sobressaltos. Um registo de apenas 141 remates (dos quais 61 na direcção da baliza) em 17 partidas evidencia a dificuldade dos Impact na construção de um processo ofensivo de qualidade. E se na frente esta equipa se mostra fraca, a situação não é melhor à retaguarda, estando a sua defesa entre as 3 piores de toda a liga.


No entanto, e apesar de todos estes pontos negativos, esta equipa vem de uma série de resultados mais positivos do que seria de antever, tendo vencido 3 dos seus últimos 4 encontros, o que terá, com certeza, um efeito positivo na moral do grupo, aliado ao facto de jogarem no seu próprio terreno.

Do outro lado da trincheira, temos o Sporting Kansas City, equipa analisada na jornada anterior e que revela ser, de forma inequívoca, a equipa mais sólida deste campeonato. Estarão moralizados pela reviravolta frente a Houston e quererão manter-se no primeiro lugar da sua conferência, pelo que é mais do que expectável que mantenham a sua estratégia habitual e abordem este jogo de forma decidida, tentando controlar os acontecimentos e não permitindo grandes veleidades à equipa do Quebec.

Prognóstico: Os SKC não devem perder este jogo. Apesar de ser um jogo em terreno alheio e frente a uma equipa que teve, recentemente, uma mudança brusca nas suas fortunas, não é de esperar muita resistência da parte da equipa de Montreal. Estarão moralizados, certamente, e farão os possíveis para aproveitar esse embalo, mas Kansas City tem todas as hipóteses de conseguir aqui pontos, podendo mesmo sacar uma vitória. Podem mesmo chegar a marcar 2 ou mais golos, especialmente se conseguirem anular Piatti.

Notas de interesse
  • Kansas City não perdeu com Montreal nos últimos 6 encontros entre ambas as equipas.
  • Apesar do seu mau recorde defensivo, Montreal não sofreu qualquer golo nas suas últimas 3 vitórias.
  • A equipa do Kansas concede, em média, apenas 0.4 golos por jogo quando defronta adversários na condição de visitante, mostrando-se muito resistente até em condições adversas.
  • Piatti esteve presente em 7 dos 8 golos marcados por Montréal, a contar para a MLS, desde o início do mês de Maio.

27 de junho de 2018

ANTEVISÃO: Brasil x Sérvia


A Canarinha precisa apenas de 1 ponto para garantir a qualificação para os oitavos de final e, depois de exibições apáticas frente à Suiça e à Costa Rica, resta apenas um teste antes do "mata mata". Pela frente estará a Sérvia e o encontro está marcado para as 19h desta quarta feira (dia 27), em Moscovo.


Já tínhamos previsto que os suíços trariam dificuldades à turma de Tite, não só pelo plantel de boa qualidade, mas principalmente por serem muito organizados. Ainda assim, o Brasil devia ter feito e mostrado muito mais, nomeadamente para uma equipa que assumiu a candidatura ao troféu. Além disso, também não nos parece que tenha havido grande evolução para a última partida. A Costa Rica surgiu bem posicionada defensivamente e o Brasil, novamente lento de processos, não conseguia ligar uma jogada de verdadeiro perigo - a bola era trocada no meio campo do adversário mas ainda muito distante da baliza. 

Sempre que os brasileiros tentavam acelerar e criar desequilíbrios, os costa riquenhos fechavam-se lá atrás e afunilavam os caminhos ao máximo. No 2º tempo, e muito devido à fadiga física do adversário, a Canarinha conseguiu dar mais largura e rapidez aos seus movimentos ofensivos, com uma circulação de bola mais fluída e com mais "risco". Os golos acabaram por aparecer, bem como os 3 pontos, mas a exibição esteve longe de ser deslumbrante.

Por sua vez, o próximo oponente, também ele já abordado em antevisões anteriores, é um conjunto com excelentes talentos individuais mas que têm muito que evoluir/trabalhar para coexistir como um todo. A equipa tem, sem dúvida, um teto potencial muito grande para jogar mais e melhor, mas neste momento ainda não têm estatuto e competência para causar danos significativos em seleções mais organizadas. Na bagagem, para já, trazem duas prestações razoáveis onde somaram uma vitória (Costa Rica) e uma derrota (Suiça), ambas por 2-1.

Quanto ao próximo desafio, o Brasil terá que dar um valente salto qualitativo ou, caso contrário, poderá mesmo ser surpreendido. Os sérvios até podem nem estar muito "em jogo" ou muito assertivos nas combinações, mas a qualidade que detêm no último terço permite-lhes ter a capacidade de concretizar as poucas oportunidades que possam vir a ter. A situação pode agravar-se caso o golo tarde muito em aparecer, já que os homens de Mladen Krstajic podem embalar no contra ataque e já é bem conhecida a sua "ousadia" de colocar sempre 2 ou 3 jogadores dentro de área.

Prognóstico: A nosso ver, Neymar e companhia terão realmente de jogar para ganhar, "apontar ao pontinho" poderá transmitir algum sinal de vulnerabilidade e isso pode despertar o oponente. Maior largura de jogo, melhor e mais rápida troca de bola, e menos individualismo são as principais melhorias a ter em mente na tática de Tite. A maior figura da Seleção, Neymar, tem sido protagonista também pela negativa - o craque pára muito a progressão, demora a soltar o esférico e tenta fazer tudo sozinho.

Apesar de claro favorito à vitória, não nos parece tão seguro quanto isso apostar em pré-jogo que tal irá mesmo acontecer. A abordagem ao resultado será muito importante e só teremos mais algumas certezas com o decorrer dos minutos. Parece-nos, sim, que será uma partida com golos: +1,5 de certeza e +2,5 para quem gosta de arriscar mais um bocadinho. Ambas as equipas para marcar também é um mercado apetecível. 

25 de junho de 2018

ANTEVISÃO: Portugal x Irão


Após excelente exibição diante da rival Espanha, que resultou num histórico empate a 3, Portugal desiludiu e muito na 2ª ronda. Apesar da "magra" vitória, é justo dizer que a partida foi praticamente toda dominada pela equipa marroquina (41ª classificada no ranking FIFA). O último adversário desta fase de grupos é o Irão e o encontro está marcado para as 19h desta segunda feira (dia 25), em Mordóvia.


A Seleção portuguesa ficou a dever muito de si mesma depois do embate com Marrocos. As coisas simplesmente não funcionaram e o único aspeto positivo a retirar foi mesmo o resultado final. Cristiano Ronaldo deu o mote, com um golo madrugador, para aquele que poderia ser um resultado folgado e que serviria as aspirações portuguesas, mas as alegrias ficaram-se mesmo por aí. A equipa deixou de ligar os seus setores, de criar e manter a posse de bola, e aquilo a que assistimos foram a longos minutos de sufoco por parte do adversário.

Marrocos, tal como se previa, entrou em campo com uma só ideia - se perderem, estão fora do Mundial - e conseguiram mesmo transformar a determinação em futebol jogado. Sempre muito atrevidos, com uma pressão altíssima e de boa qualidade, e com os olhos postos na baliza, foram um autêntico "osso duro de roer". Ainda assim, o talento individual não é o mais apurado e, também por isso, não foram capazes de traduzir em golos todo o esforço e garra que colocaram no relvado.


Rui Patrício, Pepe e Cédric foram mantendo a ordem no setor defensivo já que, daí para a frente, poucos foram os lances que se aproveitaram/criaram. A Seleção Iraniana, ao contrário dos marroquinos, é mais conhecida pela sua organização defensiva do que pelo seu atrevimento no último terço. Esta premissa faz-nos crer que Portugal irá ter maior liberdade e mais espaço para circular a bola mas, caso mantenha a falta de intrusão evidenciada no último desafio, irá ter ainda mais dificuldades em "furar" a muralha adversária.


Prognóstico: O confronto entre Irão e Espanha é um bom "filme" para retratar aquilo que se pode passar no jogo de hoje. Os espanhóis, também eles, encontraram uma forte oposição e, caso o golo de Diego Costa não tivesse surgido da forma como surgiu - bastante fortuita, diga-se - o resultado poderia ter sido bem mais negativo. A paciência irá ser um fator chave para o bom desenrolar da partida, tendo em conta que as oportunidades podem demorar a aparecer e os homens de Carlos Queiroz podem fechar-se cada vez mais no seu meio campo.


Esperamos, todavia, que a experiência e o susto do último jogo tenha acordado a Seleção portuguesa para o que resta da competição. Jogadores como Bernardo Silva e João Mário, ou mesmo Gelson Martins, poderão ter especial papel no desenrolar dos acontecimentos devido às suas capacidades para desequilibrar e desbloquear linhas de passe em curtos espaços de terreno.


A nossa previsão é que, mais cedo ou mais tarde, Portugal irá garantir a vitória e consequente qualificação para os oitavos de final. A Seleção das Quinas a marcar na 1ª parte e a faturar +1,5 na partida também nos parecem boas apostas - necessidade de golear para assegurar o 1º lugar do grupo. Cristiano para "molhar a sopa" também nunca será de descartar.

24 de junho de 2018

ANTEVISÃO: Polónia x Colômbia


Estamos na 2ª ronda do grupo H e as grandes favoritas à passagem têm... 0 pontos! Com 6 ainda por disputar, o encontro entre a Polónia e a Colômbia tem tudo para ser um verdadeiro espetáculo e a derrota deixa qualquer uma delas fora da competição. A partida está marcada para as 19h deste domingo (dia 24), em Kazan.


Os polacos, orientados por Adam Nawalka, entraram para este Mundial como uma das melhores seleções da 2ª linha europeia, ainda mais depois da prestação no Euro 2016, mas a exibição frente ao Senegal foi demasiado pobre. O excelente equilíbrio, o bom posicionamento defensivo, a boa qualidade de passe, a organização em bloco e o ataque de excelência, aliados a muita entrega e determinação, faziam-nos crer que iriam garantir o 1º lugar do grupo. Ao invés disso, vimos uma equipa desligada do jogo, sem forças, cansada e com dificuldades em ter a bola e criar oportunidades de golo. Por seu lado, os senegaleses foram mais agressivos e imprimiram um ritmo muito superior.

Do outro lado, desta vez, estará a Colômbia e podemos bem dizer que esta é uma versão sul americana da Polónia - Pekerman é um técnico conhecido pelo seu pragmatismo, atenção ao detalhe e equilíbrio. A liberdade dada aos jogadores é também ela muito limitada, a não ser que o jogo esteja controlado e a equipa apresente estabilidade e assertividade no capítulo do passe. O facto de ter ficado reduzida a 10 elementos de forma madrugadora na partida frente ao Japão, impossibilitou que pudéssemos assistir à melhor Colômbia, na plenitude dos seus processos, e isso dificultou de alguma maneira a nossa análise.

Prognóstico: Aquilo que se espera deste confronto é uma autêntica batalha tática. Os colombianos, neste momento, parecem em melhores condições para levar os 3 pontos devido à melhor - pelo menos aparente - frescura física e porque a versatilidade e fluidez de circulação de bola jogarão a seu favor. Afinal de contas, os sul americanos são conhecidos pelo "futebol de rua" e pela destreza na hora de carregar em cima o adversário. Contudo, a 1ª atitude de Pekerman passará sempre por passar uma ideia de cautela, uma vez que um início em falso pode carimbar a viagem de regresso a casa.

Aos nossos apostadores, reiteramos a confiança de que a Colômbia não irá perder a partida e que o mais provável será mesmo vencer pela margem mínima. Esperamos também um jogaço de James Rodriguez, bem ao seu estilo na Seleção, podendo até fazer parte da lista de marcadores. Falcao para marcar também será um bom "tiro".

23 de junho de 2018

A importância da motivação das equipas na hora de apostar

Muitos apostadores – a maioria, eu diria mesmo – não gostam de apostar em equipas que geralmente perdem. Tendem, pelo contrário, a apostar muito dinheiro nos favoritos, apesar de os potenciais ganhos não compensarem o risco. Em muitos casos isso faz sentido – geralmente há boas razões para uma equipa perdedora ter poucas hipóteses de ganhar uma partida. Às vezes, no entanto, ignorar esses "underdogs" (não favoritos) ​significa que você está a perder boas chances de ganhar um bom dinheiro.


O poder dos "underdogs" é fácil de entender – uma vitória deles gera um lucro tão bom que nem é preciso apostar muito dinheiro. O problema, no entanto, é que as equipas com odds altas não são capazes de ganhar as vezes suficientes para gerar um lucro consistente, o que significa que você vai à "falência" apostando neles. O truque, então, é saber avaliar quando uma equipa não favorita pode ser uma boa aposta, e quando não é.

Se um jogo tem um grande favorito, então são boas as chances de que, se ambas as equipas estiverem a jogar no seu melhor, o favorito vencerá. Se assiste a muitas partidas, sabe que as equipas às vezes não jogam nada. Às vezes, esses jogos são uma surpresa total. Outras vezes, no entanto, você poderá adivinhar antes de o jogo começar que um clube estará significativamente mais motivado do que o outro.

O exemplo mais comum disso é no final de uma temporada, quando a equipa favorita já alcançou os seus objetivos mas o "underdog" ainda não. Nessas ocasiões, as equipas favoritas disputam a partida com jogadores que não costumam ser titulares, enquanto que a equipa mais fraca joga na sua maior força. Se estiver atento a essas jornadas, e à classificação, poderá vislumbrar boas hipóteses de ganhar um bom dinheiro apostando nos "underdogs".

Tudo depende da motivação para o jogo da equipa mais fraca. Estará ela suficientemente motivada para vencer uma equipa mais forte? Esteja atento às circunstâncias dos jogos, porque geralmente estas são muito mais importantes do que o historial das equipas nas partidas entre as mesmas.

ANTEVISÃO: Alemanha x Suécia


Depois do surpreendente desaire na 1ª ronda, a Mannschaft joga hoje uma cartada decisiva na luta pelo apuramento. O seu adversário, a Suécia, já somou 3 pontos e o México pode dobrar essa mesma pontuação na partida frente à Coreia do Sul. O confronto está marcado para as 19h deste sábado (dia 23), em Sochi.


Era, de alguma forma, esperado que a Alemanha tivesse um slow start neste Campeonato do Mundo, uma vez que já não se encontram no seu melhor há algum tempo. Ainda assim, estamos habituados a que esta Seleção mude o chip para a alta competição com bastante facilidade, mas a verdade é que mostraram estar uns quantos furos abaixo, não só pelo resultado, mas também pela própria exibição que foi toda ela muito apática. 

A equipa entrou "morta" em campo e foi completamente sucumbida pela velocidade e garra dos mexicanos. Apenas e só quando o adversário - como é natural - baixou a intensidade de jogo, foram capazes de circular a bola e impor o seu domínio. Notou-se uma clara falta de fluidez, com os jogadores muito presos de movimentos e sem a largura necessária, principalmente dos laterais, para desmontar a defesa contrária. Consequência disto mesmo, a solução passa por bombear a bola para os homens mais adiantados como Werner, Müller ou ainda Gomez, mas os resultados são os que se vêem.

No entando, a partida com a Suécia parece ser o momento ideal para "dar um pontapé na crise". Os suecos são um conjunto com valor, bons jogadores, muito equilibrado, mas pragmático/estático em demasia - a chamada equipa "robótica". A filosofia de defender a todo o custo e não correr riscos no ataque é levada demasiado a sério e, caso se consigam colocar em vantagem, são uma muralha extremamente difícil de perfurar porque defendem essa mesma vantagem com tudo o que têm. A forte capacidade para o jogo aéreo é , também ela, uma das principais razões para explicar esta postura dentro das 4 linhas.

Prova do que acabamos de referir, foi o desenrolar do encontro com a Coreia do Sul. Os suecos fizeram uma grande primeira parte, baseada numa mentalidade ofensiva e numa boa conexão entre setores, e apesar do golo ter nascido de grande penalidade, a verdade é que podiam lá ter chegado por diversas ocasiões em jogo corrido. Todavia, o golo teve o efeito esperado na equipa e baixaram de forma drástica as suas linhas, defendendo o 1-0 até ao final e não saindo sequer em contra ataque, acabando, inclusive, por sofrer momentos de grande aperto sem qualquer tipo de necessidade.

Prognóstico: Quanto ao jogo de hoje, entrarão as 2 seleções em momentos de forma mais questionáveis, mas parece-nos que a Alemanha terá a vantagem de ser uma equipa que se adapta mais facilmente ao estilo da outra. É esperado que assumam a posse de bola, fazendo-a circular no meio campo adversário e pautando o ritmo da partida a seu belo prazer. O resultado final irá depender da "vontade" e do empenho dos próprios alemães, ou, em caso de vacilo, podem mesmo dizer adeus ao Mundial.

No campo das apostas, estamos confiantes que a Alemanha irá encontrar o caminho do golo pelo menos 2 vezes.

22 de junho de 2018

ANTEVISÃO: Suiça x Sérvia

Suiça e Sérvia foram as seleções mais satisfeitas do grupo E após término da 1ª ronda. Enquanto que os primeiros conseguiram conter o Brasil - o grande favorito a vencer o grupo - e segurar o empate, os sérvios lograram garantir os 3 pontos frente à Costa Rica. Esta partida, que pode muito bem dar-nos um dos apurados, está marcada para as 19h desta sexta feira (dia 22), em Kaliningrado.


Apesar do excelente resultado frente à canarinha, os suíços deixaram-nos com algumas dúvidas relativamente àquele que será o "esquema" para atacar os 2 primeiros lugares deste grupo, visto que não temos a certeza se eles conseguem ou não mudar o chip. A equipa pareceu sempre presa de si mesma nos movimentos ofensivos e, como era de esperar, saiu muito poucas vezes em contra ataque corrido. As chances que foram criadas partiram, sim,  de ataques organizados, em bloco, e com extrema cautela na hora de arriscar o último passe. Percebe-se, contudo, que fosse mais importante não perder, do que procurar a vitória de forma mais ousada.

Se a Suiça nos despertou alguma estranheza, o caso da Sérvia é ainda menos "palpável". A Seleção conta com uma data de boas figuras como Matic, Tadic, Milinkovic-Savic, Kolarov, Ivanovic, entre outros, mas teimam em praticar um futebol muito pobre. Jogo sempre muito lento, pausado, sem rasgos de criatividade e fio coletivo na construção ofensiva... nem vê-lo. Em suma, é uma equipa que age demasiado em virtude daquilo que o adversário permite mas que, ainda assim, podem subir de patamar pela força da sua "montra" individual.

Mais uma vez, como em tantas ocasiões temos visto neste Mundial, assistiremos a um duelo entre aquilo que é o esforço coletivo e consistência tática, e aquilo a que chamamos "cada um por si e Deus por todos". Acreditamos, por isso, que a Suiça dificilmente sairá derrotada do encontro e que os sérvios terão tremendas dificuldades em jogar entre linhas e em ligar o seu meio campo ao homens mais adiantados. É verdade que o risco é um pouco maior, mas diríamos mesmo que a Suiça irá garantir a sua 1ª vitória nesta competição e, assim, confirmar o seu favoritismo.

Para os apostadores que gostam de "invadir" mercados mais precisos, +1,5 golos na partida e empate ao intervalo parecem ser bons alvos.

Antevisão MLS - 23 e 24 de Junho

Sporting Kansas City vs Houston Dynamo




Os líderes da conferência oeste da MLS recebem a equipa texana e quererão, certamente, manter-se no seu lugar actual. Sendo uma das mais sólidas equipas da edição 2018 da competição – e com alguma história de regularidade em anos anteriores – baseiam o seu sucesso num futebol apoiado, com um bloco coeso e bastante forte a nível defensivo. Não se pense, no entanto, que a sua estratégia passa por marcar um golo e deixar o jogo correr. Pelo contrário, estão entre as equipas mais versáteis e eficazes em frente à baliza.
Contando que jogam em casa, não é de antecipar uma mudança na sua abordagem ao jogo. O SKC não tem por hábito mudar a sua estratégia a não ser que se vejam em desvantagem e pouco tempo para recuperar, ou caso o adversário obrigue a tal. Destaque, também, para o facto de serem uma equipa que distribui os seus golos por vários jogadores, ao contrário de muitos dos seus adversários, que confiam apenas em um ou dois homens-golo e em algum jogador mais criativo.

Do outro lado do campo vamos ter o Dynamo, uma equipa bastante ofensiva e que joga para marcar sempre mais um golo do que o seu adversário, o que acaba por ter efeitos negativos na defesa. Vêm de uma série menos positiva, embora o seu último jogo tenha acabado em vitória, e quererão somar pontos para que lhes seja permitido aproximarem-se dos lugares cimeiros da tabela. Não deverão mudar muito a sua forma de jogar, apresentando-se com os olhos na baliza do adversário, apontado à mesma o seu forte quarteto atacante, com nomes como Martinez, Quioto (sem qualquer relação com o protocolo), Elis e Manotas. Espera-se um Houston a querer jogar de forma rápida e a explorar os corredores laterais.

Considerando que o jogo se disputará em casa do SKC, e equipa dos Dynamo terá dificuldades em sair vitoriosa. O Kansas City irá, certamente, fazer por controlar o jogo me manter o ritmo mais baixo, algo que o seu adversário não gosta. Se o conseguir, será fácil anular a equipa texana. Contudo, dada a capacidade ofensiva da equipa que veste de cor-de-laranja, não é de descartar que consigam marcar golos.

Prognóstico final: Kansas City deverá vencer, apesar de ser um teste difícil à sua defesa. Houston poderá marcar golos, mas o seu recorde defensivo e, acima de tudo, o seu recorde em jogos fora, leva-nos a crer que não vencerão este jogo. Um empate poderá ser uma possibilidade, caso a equipa da casa tenha um dia menos bom.


Los Angeles FC vs Columbus Crew



A nova equipa da cidade dos anjos junta-se ao grupo de equipas a causar sensação na sua época de estreia, apresentando-se forte e a apenas 5 pontos (com um jogo a menos) do líder da sua conferência. Possuem um bom plantel, liderado por um treinador experiente e isso nota-se nas exibições do grupo. A decisão de ter jogadores como Rossi e Vela na frente do ataque, apoiados por veteranos da MLS como Feilhaber e Nguyen, provou ser acertada, pois são uma equipa que concretiza bastantes oportunidades e com um meio campo sólido.

O seu estilo de jogo é predominantemente ofensivo, tal como se verifica com os Houston Dynamo, ainda que se mostrem mais equilibrados do que estes, mas é difícil estabelecer uma filosofia específica para esta equipa, já que tentam adaptar-se ao adversário que defrontam. Tal como os Dynamo, no entanto, a sua defesa está longe de ser brilhante.
Do lado oposto do campo de batalha temos os Crew, um dos velhos barbudos da MLS, que atravessa uma fase menos emocionante, mas nem por isso possuem menos qualidade. Como foi dito anteriormente, são uma equipa muito pragmática e equilibrada, conhecida por formar e revitalizar avançados – veja-se o caso de Kei Kamara, e, mais recentemente, o renascimento de Gyasi Zardes – sem nunca descurar a defesa.
Após quatro jogos complicados e com resultados menos positivos frente a equipas fortes, nos quais até estiveram por cima em várias ocasiões, a equipa do Ohio quererá voltar a vencer, mostrando que continua forte e que é um conjunto a ter em conta.

Deveremos ver um jogo muito disputado a meio campo, sendo que a equipa visitante pode fazer valer a sua consistência exibicional frente a um anfitrião que, apesar da sua posição e bom futebol ofensivo, sofre de alguma inconsistência e possui uma defesa que parece assemelhar-se, por vezes, a uma rua de uma qualquer cidade do nosso querido país, de tantos buracos que tem. Junte-se a isto o facto de Carlos Vela, a estrela da companhia dos LAFC, estar ausente por se encontrar ao serviço da selecção mexicana. Deve notar-se, no entanto, que Diomande, um velho conhecido de Bob Bradley, tem mostrado, das vezes que foi chamado, que pode ser uma opção válida.
Já Columbus, apesar de ser uma equipa que sofreu apenas dois golos em sete jogos como equipa forasteira, também só logrou facturar por três vezes, mostrando alguma dificuldade em vencer em terreno alheio. Se é verdade que jogar fora, na MLS, é reconhecidamente complicado, uma equipa candidata a lugares de play-off e com aspirações a vencer a MLS cup tem a obrigação de mostrar mais serviço, e não haverá melhor maneira de o fazer do que vencer uma equipa que ainda não perdeu no seu reduto.

Prognóstico final: Um jogo que não deverá ter muitos golos, acabando em vitória caseira ou mesmo em empate. Embora Columbus tenha potencial para baralhar as coisas, não deverá ser fácil conseguirem vencer a equipa do LAFC, pelo menos se esta mostrar a qualidade que já evidenciou em várias partidas. No entanto, a inconsistência dos anfitriões poderá ser algo a ter em conta para quem gostar de correr riscos.


New York City FC vs Toronto FC



A equipa do Bronx chega a esta partida sem o seu conhecido treinador. Patrick Vieira, conhecido de qualquer adepto de futebol, abandonou o comando da equipa durante a última jornada, tendo sido substituído por Domènec Torrent, conhecido como o braço direito de Pep Guardiola. O conjunto encontra-se numa boa posição (2º lugar na conferência este) e com boas rotinas de jogo, pelo que não é de antever que Torrent pense em incutir novas rotinas nos seus jogadores, pelo menos para o que resta da temporada. Assim sendo, a equipa nova-iorquina deve manter a sua abordagem, baseada em posse de bola e ataques rápidos, esticando o jogo pelos flancos, dando prioridade ao jogo de pé para pé.
Do outro lado da trincheira estará o campeão em título, o Toronto FC, e não há muito que se possa dizer acerca do conjunto canadiano que não tenha sido dito antes. Seja qual for a razão, são uma equipa cujos resultados e exibições podem ser definidas pelo conhecido oito ou oitenta, tão depressa fazem uma exibição que nos recorda do porquê de serem os detentores do troféu, como nos fazem pensar que sairiam derrotados de um jogo contra a equipa de juniores do Cova da Piedade. A qualidade está lá, de facto, mas a equipa insiste em cometer erros ridículos e em não querer conquistar a bola. Greg Vanney terá que encontrar forma de motivar os seus jogadores, e depressa, pois o calendário vai apertar. Caso não o consiga, poderemos ver um TFC campeão a assistir ao os playoffs através da televisão.

Se nada parece favorecer Toronto neste jogo, o cenário complica-se ainda mais quando olhamos para números. Se a forma recente de ambas as equipas não é propriamente diferente, a estatística mostra que a equipa dos NYCFC ainda não perdeu no seu estádio, enquanto Toronto tem um registo muito mau como equipa visitante. No entanto, como se costuma dizer, a bola é redonda, e as coisas podem ficar bastante baralhadas caso os canadianos tenham um dia de oitenta.

Prognóstico Final: Um jogo com golos, certamente, sendo que +2,5 golos e +2,5 cartões amarelos podem ser bons mercados para apostadores. Tendo que antever o resultado final, penso que é óbvio que a equipa da casa tem melhores hipóteses. A única hipótese dos forasteiros é mesmo fazerem o que não conseguiram fazer esta época, ser uma equipa consistente, motivada e que joga de acordo com o seu potencial.

Outros jogos - Tips

NYRB vs FC Dallas - +2,5 golos; Dallas vence ou empata.
Colorado vs Minnesota - Ambas as equipas marcam SIM.
RSL vs San José - RSL vence; RSL +1,5 golos.
Seattle vs Chicago - Ambas equipas marcam SIM; Chicago poderá surpreender.
Atlanta vs Portland - Atlanta para vencer; Atlanta +1,5 golos.

20 de junho de 2018

ANTEVISÃO: Argentina x Croácia

A Alviceleste desiludiu, e de que maneira, no 1º teste deste Campeonato do Mundo, não indo além de um empate contra a Islândia. Se as coisas já não parecem muito animadoras, pior ficam quando o próximo adversário é a Croácia - a grande favorita a vencer o grupo D. O encontro está marcado para esta quinta-feira (dia 21) pelas 19h, em Novgorod.



A nossa antevisão do jogo entre a Argentina e a Islândia não podia ter sido mais acertada e as dificuldades da turma de Sampaoli foram claras. Ainda assim, podemos dizer que a equipa esteve um pauzinhos (ainda que poucos) acima daquilo que esperávamos. Foram anotados alguns lances de boa ligação e de jogo mais fluído, continuando, no entando, a faltar compostura no último terço. As decisões e a finalização parecem estar longe de estar afinadas e uma derrota no próximo jogo pode significar o adeus à competição.

Por sua vez, a Croácia é uma Seleção muito mais equilibrada e trabalhadora dentro do campo, para não falar na vasta quantidade de boas alternativas. A grande prioridade, ao contrário do adversário, é sustentar os ataques numa boa defesa, isto é, construindo-os de forma sustentada e cautelosa, sem entrar em grandes "loucuras" ou altas velocidades. As presenças de Modric e Rakitic no meio campo são o molde perfeito para uma boa condução de bola, de pé para pé, e muita criatividade.

O grande "entrave" à total confiança na Seleção croata será mesmo o pouco tempo de Zlatko Dalic no comando das operações. O técnico assumiu a equipa após uma série de maus resultados e os seus processos/metodologias ainda estão algo "verdes" e pouco incutidos nos jogadores. Assim sendo, é perfeitamente normal que ainda não tenhamos visto a Croácia no seu expoente máximo. Na 1ª partida, aquando da vitória frente à Nigéria, já foram vistos progressos mas ainda é notória a falta de conexão nos movimentos ofensivos, onde os atletas ainda se estão a encontrar aos poucos.

Prognóstico: A Seleção europeia parece-nos ser melhor equipa que esta Argentina "Messidependente" e o coletivo pode, mais uma vez, mostrar a sua força. Será, ainda assim, um jogo muito bem disputado, aberto e com oportunidades de golos para ambos os lados. Diríamos mesmo que o fator chave será a finalização e que quem estiver melhor nesse capítulo, levará os 3 pontos. A Croácia terá alguma vantagem, já que sabe fechar melhor os espaços entre linhas e isso terá como resultado maior controlo no jogo, principalmente porque os argentinos sentem imensa dificuldade em "desmontar" defesas bem estruturadas.

Acreditamos que os croatas não perdem esta partida e que ambos os conjuntos vão faturar pelo menos uma vez. Outros mercados a ter em conta: +2,5 cartões amarelos e Messi para marcar.

NBA Draft 2018 - Our Mock Draft!

Sonhos realizados, lágrimas, arrependimentos e decisões que ditam as seguintes décadas. Chegou aquela altura do ano que nós aficionados de basquetebol tanto gostamos, o NBA Draft.

A verdade é que findada uma época em que tivemos uma das rookie classes com maior impacto imediato da era moderna a pressão estará maior que nunca para este novo grupo. Ao contrário de anos anteriores, é uma class da qual se espera franchise players capazes de liderar uma equipa a um título. Particularmente forte no departamento de postes, espera-se que este grupo seja falado durante muitos e bons anos.

A nossa equipa vai para além do clássico Mock Draft, analisando as lacunas de cada equipa e o encaixe do jogador assim como os seus pontos fortes e as suas debilitações. Por fim, para que os nossos leitores possam ter uma noção do que esperar, compararemos a um jogador da NBA atual ou do passado. Dito isto, “with the first pick in the 2018 NBA Draft”…


#1 - Phoenix Suns


Lacunas: Point Guard/Center.
Pick: DeAndre Ayton, Center, Arizona.

A necessidade berrante de um organizador de jogo da equipa do Arizona obrigou a direção a trocar por Elfrid Payton na trade deadline. Esta nunca seria uma aposta de futuro e foi encarada como um "desenrasque", já que em Fevereiro já se falava do interesse em Trae Young e na possibilidade de oferecer um max-contract a Clint Capela, poste dos Houston Rockets. Mal sabiam os Suns que iriam ganhar a lotaria e consequentemente a primeira pick do Draft.
A ideia era outra mas dificilmente Phoenix resistirá à tentação de draftar DeAndre Ayton. Poste vindo da Universidade do mesmo estado da equipa, soluciona imediatamente a situação de postes da equipa. Pode dizer-se que este é uma autêntica besta já que tem um jogo interior inacreditável para um jogador da sua idade. A sua capacidade física é surreal. Se isto não é evidente apenas com um olhar torna-se óbvio quando se este demonstra o seu fôlego interminável ao longo do jogo. O que o torna diferente de muitos postes dominantes da história do jogo é a sua capacidade de lançamento exterior que promete melhorar.
Questões levantam-se quando se fala sobre a capacidade defensiva do ex-All American mas os Suns esperam que a experiência se alie aos seus dotes físicos para melhorar neste departamento.

Comparação: Dwight Howard com lançamento exterior.



#2 - Sacramento Kings




Lacunas: Shooting Guard/Small Forward/Center.
Pick: Marvin Bagley, Power Forward, Duke.

A posição de Power Forward não está nas lacunas da equipa californiana mas dado o plantel dos Kings seria imperdoável não atacar uma das grandes promessas deste draft. Zach Randolph já não vai para novo, Cauley-Stein não dá garantias e os interesses da equipa não parecem ir ao encontro dos de Luka Doncic. Por estas razões parece mesmo que Bagley será o segundo jogador a ouvir o seu nome chamado na mágica noite.
Marvin Bagley é um caso de talento puro. Tem instintos naturais e elementos no seu jogo " que não se podem ensinar". Juntando isto à sua enorme agilidade e jogo interior e vemos o porquê de ser um nome conhecido há tantos anos no panorama basquetebolistico americano.
Apesar de toda a fama que o jogador traz com ele, tem também três grandes asteriscos no seu jogo. O primeiro é a sua capacidade defensiva. No seu percurso até agora não tem sido um problema enorme mas levantam-se questões sobre como conseguirá defender na NBA. Para além disto, a segunda maior crítica ao seu jogo é mesmo a concentração que o produto de Duke parece não ter. Por último, e a maior falha no seu jogo é o lançamento exterior, um fator de importância extrema quando se pensa no estado atual da liga.

Comparação: Amar'e Stoudemire.



#3 - Atlanta Hawks




Lacunas: Shooting Guard/Center.
Pick: Mohamed Bamba, Center, Texas.

De todas as equipas mencionadas até ao momento os Hawks são aquela que mais está a fazer para implodir o seu plantel. Dennis Schroder já pediu para sair e apenas duas peças parecem fazer parte do futuro da equipa - John Collins e Taurean Prince. Dito isto, a equipa de Atlanta parte para este Draft com o claro objetivo de escolher uma estrela para revolucionar o seu franchise. Olhando para a situação com este mindset, parece que o jogador mais provável a vestir a camisola dos Hawks será o impressionante Mo Bamba.
Trata-se de um jogador com características físicas que aparecem uma vez por geração. A sua qualidade em desarmes de lançamento e a sua velocidade lateral já não eram novidade nenhuma. Porém, a juntar aos 2,16 de arregalar os olhos temos uma envergadura maior que qualquer outro jogador que já tenha passado na NBA. Sim, leu bem. São 2,39m de uma mão à outra. Como se isto já não o tornasse numa promessa aliciante, Bamba bateu mais um recorde, e este é ainda mais impressionante. Nos testes da Draft Combine, o produto da faculdade do Texas correu 3 quartos do campo em... 2,06 segundos, obliterando assim os recordes de... John Wall e Russell Westbrook.
No entanto, nenhum jogador é perfeito. Bamba chega à NBA a precisar de passar uma boa quantidade de tempo a levantar ferros já que a fisicalidade da liga americana vai exigir uma outra força. A somar isto temos também um jogo ofensivo pouco polido que, todavia, já está a ser trabalhado visto que Mo está a trabalhar com o treinador de Joel Embiid com vista a melhorar esta parte do seu jogo.

Comparação: Rudy Gobert.



#4 - Memphis Grizzlies




Lacunas: Shooting Guard/Power Forward
Pick: Luka Doncic, Shooting Guard, Real Madrid.

Começamos por dizer que ninguém parece entender o que se passa com esta equipa. Apesar da escolha alta que têm no Draft são uma equipa com dois jogadores que podem ser chamados de estrelas em Marc Gasol e Mike Conley. A direção da equipa sediada em Memphis parece não conseguir tomar uma decisão entre reconstruir a equipa ou tentar lutar mais uma vez. Numa conferência Oeste cada vez mais preenchida por grandes equipas e estrelas só uma escolha perfeita voltaria a pôr os Grizzlies na luta por lugares cimeiros da conferência. É aqui que entra este menino.
Luka Doncic é, sem dúvida, o jogador mais pronto para a NBA desta Draft Class. Nunca um jogador com um currículo tão preenchido e uma idade tão tenra se candidatou ao Draft tão cedo e é por isso que o esloveno é visto como a melhor promessa europeia de sempre.
Acabado de se tornar o mais jovem MVP de sempre da Euroleague, Doncic chega ao Draft com uma maturidade muito fora do normal. Para além disto, junta uma combinação de lançamento e capacidade de meter a bola no cesto com uma visão de jogo que talvez possa estar ao nível de LeBron James, Rajon Rondo ou Ben Simmons. Euroligas, Ligas Espanholas e um campeonato Europeu fazem com que este seja o grande candidato a Rookie do ano.
A imprensa americana parece ter um grande problema com a capacidade atlética do (prestes a ser) ex-madrileno. Por outro lado, a nossa equipa não o vê da mesma maneira. Dito isto, não penso que haja um grande aspeto a corrigir no seu jogo.

Comparação: Híbrido de Ben Simmons com Manu Ginobili.



#5 - Dallas Mavericks




Lacunas: Center/Shooting Guard
Pick: Michael Porter Jr., Power Forward, Missouri.

A equipa texana tem os seus objetivos claros e parece estar no bom caminho para a reconstrução já que a grande estrela da história do franchise, Dirk Nowitzki, já admite começar no banco em detrimento dos jogadores mais jovens. Dallas tem a quinta escolha da noite e é aqui que o star power começa a ficar escasso. À imagem do que aconteceu ano passado, espera-se que Mark Cuban escolha o jogador com mais potencial disponível. Por isto, é expectável que este venha a ser Michael Porter Jr.
O jovem de Missouri acaba de sair de uma temporada de estreia no panorama universitário basquetebolístico em que jogou apenas 2 jogos. Há um ano atrás era tido como o claro número 1 deste Draft mas uma rotura de ligamentos fez com que o seu valor baixasse. É o grande caso de "grande risco/grande recompensa" desta class. Para além da preocupação com a sua saúde, a sua capacidade defensiva também não é vista com muito bons olhos.
É no entanto uma faca de dois gumes visto que pode sair daqui o melhor jogador deste Draft. A sua capacidade atlética é impressionante e em termos de criação de lançamento estará apenas atrás de Doncic quando analisando todo este grupo. A sua versatilidade ofensiva é há já muito tempo comparada a Kevin Durant.

Comparação: "Kevin Durant dos pobres"/Paul George.



#6 - Orlando Magic




Lacunas: Point Guard
Pick: Trae Young, Point Guard, Oklahoma.

Chegamos então ao franchise de quem se espera a pior escolha da noite (a par dos Kings), tendo em conta o seu histórico recente. A direção da equipa da Florida tem tido más decisões atrás de más decisões nos últimos anos e é difícil dizer em que situação se encontram neste momento. O que é fácil de ver é que uma equipa que dá as chaves do carro a Shelvin Mack e DJ Augustin precisa desesperadamente de um base. Espera-se então que seja selecionado o primeiro Point Guard do Draft, na forma de Trae Young.
Young foi a grande sensação da modalidade no que diz respeito aos campeonatos académicos. O seu valor subiu durante todo o ano, estando a certo ponto até na discussão para ser a primeira escolha. Muitos foram os vídeos de performances do jovem de Oklahoma em que o vimos a marcas triplos com uma tremenda facilidade, seja a partir do drible, após stepbacks ou até mesmo com fadeaways. Trae Young deu luz ao mundo do basquetebol. É o melhor lançador de três neste grupo e junta a isto uma visão de jogo estonteante e um brilhantismo no drible.
É também dos jogadores mais visados pelos média. A falta de capacidade atlética é notável a quilómetros de distância. A sua defesa pode ter sido uma das razões para que os Oklahoma Sooners não progredissem mais na March Madness mas a grande falha no jogo do base são mesmo as perdas de bola. Veremos como se sairá sem ter que carregar uma equipa sozinho.

Comparação: Stephen Curry mais frágil.



#7 - Chicago Bulls




Lacunas: Small Forward/Center.
Pick: Jaren Jackson Jr., Center, Michigan State.

No início da temporada esperava-se que os Bulls fossem das primeiras três equipas a escolher. Começaram a época a pouco gás e na expetativa de conseguir Doncic neste Draft. Tudo parecia correr como o esperado até que Mirotic voltou. O naturalizado espanhol revitalizou a equipa que com ele teve 15 vitórias em 25 jogos. Por isto, escolhem mais abaixo. Ainda assim, estão bem posicionados para preencher uma das suas lacunas, a de Center.
Jaren Jackson deverá ser o primeiro grande projeto deste Draft. Ainda que possa já contribuir para uma equipa como Chicago, o que vai demonstrar no seu primeiro ano deverá ser apenas um aperitivo para o que estará para vir. Trata-se de um jogador com excelentes capacidades físicas, evidenciadas na sua enorme envergadura. Os seus dotes físicos são evidentes no lado defensivo do campo onde este é especialista em desarmes de lançamento e nas trocas defensivas, mostrando assim imensa versatilidade. Apesar de um jogo interior pouco polido, é tido como um especialista de triplo, algo que deixa os General Managers a esfregar as mãos.
Como disse, é ainda um projeto com muito a melhorar. A sua capacidade criativa é praticamente nula. É também muito limitado no que toca a confrontos individuais e o seu jogo interior tem espaço para melhorar.

Comparação: Myles Turner menos físico.



#8 - Cleveland Cavaliers




Lacunas: Point Guard/Shooting Guard/Center
Pick: Wendell Carter Jr., Center, Duke.

Oito anos depois, a equipa do Norte do país americano volta a estar na mesma posição. Ainda que com menos drama do que da última vez, parece que LeBron James vai mesmo deixar o estado de Ohio pela segunda ocasião. Dito isto, os Cavs encontram-se numa situação deveras complicada já que como proceder depende inteiramente da decisão do rei. Ainda assim, há melhorias a fazer com ou sem LeBron. Espera-se que Trae Young já tenha sido selecionado pela hora em que os Cavaliers vão escolher, e por isso deverão virar-se para dentro do garrafão, selecionando Wendell Carter Jr.
Tristan Thompson parece ter sofrido da "Kardashian Curse" e nunca mais foi o mesmo. Carter Jr. pode entrar no 5 titular de imediato e contribuir. Trata-se de um poste à antiga no que toca à capacidade de ressaltar e este pacote vem acompanhado por bons instintos defensivos. Tem, no entanto, uma pitada de jogo moderno nele já que é um excelente distribuidor para a posição que ocupa.
Apesar das qualidades mencionadas acima, tem três grandes aspetos que limitam o seu jogo. O primeiro é mesmo o seu tamanho para jogar a posição 5 na NBA. Em segundo lugar, o seu cardio. Ainda que seja um excelente defesa, é conhecido por ter pouco resistência desse lado do campo. O maior defeito do produto de Duke é mesmo no lado ofensivo do campo. Apesar dos seus treinadores acharem que ele tem tudo para ter sucesso, a falta de confiança no seu jogo ofensivo é notória.

Comparação: Al Horford.



#9 - New York Knicks




Lacunas: Selecionar o melhor jogador disponível.
Pick: Mikal Bridges, Small Forward, Vilanova.

A certa altura no último ano parecia que os Knicks iam surpreender o mundo do basquetebol. Tim Hardaway Jr. parecia ter sido uma exclente adição, Enes Kanter estava melhor que nunca e Porzingis parecia estar na corrida para MVP. Tudo ruiu e piorou ainda mais com a lesão do gigante da Letónia. Os Knicks acabavam o ano com 1001 Point Guards e a fazer experiências no backcourt. Há, no entanto, boas peças na equipa de Nova Iorque. Porzingis confirmou ser um jogador à volta de quem se pode construir e Frank Ntilikina mostrou que pode ser um bom jogador na liga. Com a escolha número 9, os Knicks já não poderão escolher alguém com claro poder de estrela e deverão escolher o melhor jogador disponível, na forma de Mikal Bridges.
Bridges é o típico jogador que faz falta a todas as equipas e que seria útil a qualquer franchise. Especialista de 3 pontos, algo que cada vez mais se valoriza, tem também o físico e o tamanho ideal para jogar a posição de extremo na liga americana. É o perfeito jogador "3 and D".
 Com Mikal Bridges não deverá haver grande risco. Segue o provérbio americano "what you see is what you get", e por isto a equipa da Big Apple não poderá esperar grandes capacidades no 1 para 1 ofensivo do produto de Vilanova.

Comparação: Robert Covington.



#10 - Phildadelphia 76ers




Lacunas: Atiradores para complementar Simmons e Embiid
Pick: Miles Bridges, Small Forward, Michigan State.

O processo finalmente avançou para os 76ers nesta última época. Tudo pareceu correr bem até à série com os Boston Celtics e esta equipa jovem tem agora experiência de playoff e ainda a 10ª pick do Draft. A fórmula é a mesma e espera-se que Philadelphia vá atrás dos atiradores e com Mikal Bridges indisponível o próximo candidato é Miles Bridges.
Uma promessa falado já há alguns anos. Esperava-se mais da estrela de Michigan State nos campeonatos universitários mas ainda assim espera-se que tenha uma boa carreira. Miles consegue ser uma autêntica seta apontada ao cesto. A explosividade é a sua imagem de marca. Não se trata apenas de um penetrador já que a versatilidade ofensiva deste jovem é bastante ampla. É também um especialista defensivo e se o trabalho estiver lá pode bem vir a ser alguém importante nesta liga.
Há duas grandes debilitações no jogo de Miles Bridges. Primeiramente, o drible. O seu drible alto provocou bastantes turnovers e é um caso preocupante, ainda que numa equipa como os Sixers não deva ter grandes oportunidades para pegar na bola. Em segundo lugar e a maior preocupação é o seu tamanho no que toca aos confrontos físicos.

Comparação: Jae Crowder atlético.



#11 - Charlotte Hornets




Lacunas: Lançamento, playmaking, extremos.
Pick: Kevin Knox, Small Forward, Kentucky.

Espera-se uma nova abordagem dos Hornets em relação a Draft já que será a primeira grande intervenção do ex-Laker Mitch Kupchak na direção da equipa. A equipa de Michael Jordan foi das piores equipas em termos de percentagens de lançamento na última época e tem lacunas visíveis na sua equipa. Dada a falta de extremos com qualidade, é provável que a equipa de Carolina do Norte opte por Kevin Knox.
Knox era a grande aposta de Kentucky para a época universitária já findada e é fácil de ver porquê. Com um potencial do tamanho do mundo, o tamanho ideal e uma capacidade atlética de se deixar o queixo no chão, Kevin Knox nasceu com as ferramentas para ter sucesso.
Apesar de todos os dotes que lhe foram dados a verdade é que este foi uma desilusão a nível universitário. Com uma capacidade criar jogadas praticamente nula, as suas exibições revelaram-se extremamente inconsistentes. Ainda que tenha uma capacidade atlética imensurável, questões surgem em relação à sua força na NBA. É, certamente, um candidato a bust do Draft, podendo ser também um steal.

Comparação: Kelly Oubre Jr.



#12 & #13 - Los Angeles Clippers



Lacunas: Point Guard/Peças para trocas
Picks: Collin Sexton(PG, Alabama) e Robert Williams (C, Texas A&M)

A revolução de Jerry West já está em vigor nos Clippers. O lendário "The Logo" fez sentir a sua presença desde cedo com a chocante troca de Blake Griffin para Detroit que originou uma das picks que os Clippers têm. A verdade é que se espera que os Clippers troquem as suas escolhas num pacote por algum jogador, mas para o bem do artigo vamos supor que a equipa da cidade dos anjos escolhe normalmente.
Milos Teodosic teve um início de carreira infeliz na NBA já que esteve lesionado durante grande parte do seu primeiro ano. Com isto e com a sua idade surge a necessidade de um novo base. Para grande sorte dos Clippers parece que Collin Sexton vai mesmo cair até à 12ª posição. Um base com uma capacidade atlética impressionante tem como grande característica a sua versatilidade ofensiva já que mostra um grande arsenal de movimentos que levam a bola ao cesto. No entanto, surgem dúvidas em relação à sua capacidade criativa e tomada de decisões.
Na 13ª posição é expectável que os Clippers selecionem um substito para o Free Agente DeAndre Jordan. E quem melhor do que Robert Williams? Apesar da sua baixa estatura espera-se que Williams seja um poste dominante na NBA. Com uma envergadura surpreendentemente maior que a sua estatura, é um ressaltador nato. Os instintos ressaltadores e a sua invejável capacidade física separam-no dos restantes disponíveis. Uma das grandes críticas feitas ao jogador foram ao seu lançamento, como seria de esperar de um poste "Old School". Para além disso, a sua contribuição ofensiva não é tão constante como deveria ser.

Comparações: Collin Sexton - Eric Bledsoe/Robert Williams - Clint Capela.



#15 - Denver Nuggets




Lacunas: Point Guard suplente/Extremos
Pick: Shai Gilgeous-Alexander, Point Guard, Kentucky.

Para angústia dos fãs da equipa das montanhas, os Denver Nuggets ficaram pelo segundo ano consecutiva à porta dos playoffs. Muita infelicidade na lesão de Paul Milsapp e inconsistência e falta de opções no backcourt foram as razões de mais uma época falhada. O desespero por uma base suplente pela parte de Denver foi notório na aquisição do veterano Devin Harris. Essa deverá ser a prioridade da equipa de Denver que deverá olhar para Shai Gilgeous-Alexander.
O produto de Kentucky foi a grande surpresa da NCAA este ano. Em várias ocasiões carregou os seus Wildcats. As suas maiores qualidades são derivadas dos excelentes dotes físicos que lhe foram concedidos. Tem um tamanho enorme para a posição de base o que resulta em muitos roubos de bola na defesa, realçando a importância da sua envergadura. Do outro lado do campo, as penetrações são a sua imagem de marca.
Fatores mentais parecem ser o grande problema do jogador já que as suas grandes debilitações são a falta de confiança na sua capacidade atlética e o facto de que "treme" em momentos de pressão. Nota também para o seu descuido com a bola.

Comparação: DeJounte Murray.


NOTAS:


Notas para possíveis steals do draft ou jogadores de importância na liga como Lonnie Walker, o MVP da Final Four Donte DiVicenzo, Aaron Holiday, Kevin Huerter ou até aquele que é o grande projeto do Draft Zhaire Smith.

Assim chegamos ao fim da cobertura da lottery do Draft desta quinta-feira. Surpresas poderão acontecer, como é esperado. Que trocas poderão haver e quem será o grande vencedor da noite?